A regra do jogo

O pior aspecto da prisão de Lula é que ela simboliza a derrota de um projeto e a extinção de uma perspectiva de Brasil. Abole-se também a ideia de que é possível partilhar modos de exercer o poder e de o alternar. Sai vitoriosa uma concepção arcaica de poder.

Lula em ato no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, São Bernardo do Campo, 7/04/2018. Foto: MídiaNINJA.

Por Christian Ingo Lenz Dunker.

Durante seus dois mandatos na Presidência, Lula redescreveu os problemas políticos a partir da alegoria do futebol. Como todo jogo, a política e o futebol possuem regras constitutivas e regras regulativas. As regras regulativas permitem alterar a maneira de jogar sem contudo alterar a essência do jogo. Por exemplo, o futebol pode ser jogado com 11 ou com 5 jogadores, na praia ou na grama, com ou sem uso de câmeras para auxiliar o árbitro. Já as regras constitutivas definem o jogo em si. Sua eventual violação redunda na alteração do nome do jogo que se está a praticar. Por exemplo, um futebol que é jogado com a mão já não pode mais ser considerado futebol pois a regra de jogar com os pés (com exceção do goleiro e das cobranças de lateral etc.) define constitutivamente o que é o futebol. O novo existe, ele pode ser chamado de “manobol”.

A aplicação das regras regulativas na política brasileira mostrou-se, desde a destituição de Dilma, flagrantemente seletiva. A lei se pronunciou contrária às “pedaladas fiscais” (que Temer cometeu), avessa à nomeação protetiva de ministros (que Temer cometeu) e crítica da presença de pessoas indicativas de atos ostensivos de corrupção (que Temer também cometeu).

Até aqui, o país se polarizou-se em torno do que no futebol se denomina “erro de interpretação”. Faz parte do jogo que um árbitro se equivoque sistematicamente contra seu time. É possível que você escute seu vizinho dizer “roubado é mais gostoso” ou que você deve ir “chorar na cama que é lugar mais quente”.

Quando a chapa Dilma-Temer foi “absolvida” apesar de evidências lógicas e materiais em contrário, supôs-se que um novo estilo de arbitragem tinha começado. Um estilo que devia ter levado à cassação de Temer. Mas quando isso não aconteceu, rompeu-se uma perigosa linha. Um time pode ser campeão por meio de um pênalti incorretamente não marcado, como aconteceu recentemente no campeonato paulista. Nesse caso, o vencedor deve estar disposto a admitir que a contingência lhe favoreceu. Ora, deu-se exatamente o contrário no caso da política: os vencedores passaram a gritar esbravejar mais agressivamente ainda, como que para se convencer que sua vitória é sim legítima e incontestável em todos os sentidos.

Foi só nesse segundo tempo que algo tornou-se indefinido do ponto de vista da violação das regras. Doravante, as regras regulativas incidirão, sancionadas pela lei, seletivamente contra uns e a favor de outros. Ademais, isso seria apenas a generalização da prática jurídica corrente. Quem tem dinheiro tem justiça. Ao perdedor, nem as batatas. É como se a associação de árbitros, por um infeliz acaso, torcesse contra seu time. Ruim, péssimo: desperta e confirma na realidade o sentimento de injustiça que já é vivido de forma local. Por isso são as minorias as que mais sofrem com a capilarização do golpe. Pois é como se cada chefe de seção, cada pequeno burocrata, cada pai autocrático, cada homofóbico ou preconceituoso tivesse recebido uma mensagem cifrada dizendo: “Agora virou futebol. Torne-se você também um microempreendedor do seu próprio golpe doméstico”.

Ou seja, a violência, o uso da força pela posse dos meios de coerção, de dinheiro, de discurso, de instituições está liberado. Mais uma vez, isso apenas generaliza, oficializa e sanciona a percepção geral de corrupção endêmica. Em situação de desemprego e precariedade social ascendente, essa foi a senha para generalizar a “corrupção dentro da lei”.

O campeonato se duplica. Como se diz no futebol, é preciso “ganhar na bola e no tapetão”. É preciso enfrentar os efeitos de ressentimento social causados pelo retorno piorado daqueles que “não sabem vencer”, aqueles que, além de ganhar, gozam com a humilhação do outro. Está dado o caldo para uma cultura da vingança. Aumenta a sensação de que a lei não é imparcial, de que a lei tem dono.

Chegamos assim ao terceiro tempo deste jogo. Nele, alteraram-se definitivamente as regras constitutivas da política neste país. Para uns, a ideia de suspensão do nosso estado de funcionamento básico expressa pelo mote de que os ricos e poderosos nunca vão para a prisão finalmente foi satisfeita por um caso real de punição exemplar. Para outros, houve uma suspensão das regras constitutivas do jogo, vingança e neutralização instrumental do candidato com maior aprovação popular. Mas notemos que, neste ponto, direita e esquerda unem-se na concordância de que as regras mudaram.

Começamos a jogar “futebol com as mãos”. Os próprios princípios do jogo, não apenas sua aplicação seletiva e parcial, são alterados. Um juiz inquerido por Lula diz “não tenho prova alguma, por isso te pergunto e por isso de condeno”. Uma juíza do Supremo Tribunal Federal diz “voto no caso, ainda que discordo do princípio que ele presume”. Não é só “dois pesos, duas medidas” é também a punição exemplar, o uso da raiva, que aflora no lugar dos argumentos. Assim como durante muitos anos os simpatizantes da esquerda fechavam os olhos para desmandos e desvios do governo Lula-Dilma, agora são os simpatizantes da direita que não querem ver que a justiça certa pode ser feita por linhas tortas.

Aqui o acirramento dos afetos combina-se com o racismo cultural brasileiro e sua teoria de que a purificação nos salvará. Pelas mãos e pelo uso da teologia política do velho testamento, ressurge o Deus da ira. Tal qual nas guerras de religião, não se trata de vencer um campeonato e perder outro, talvez perder muitos para um dia ganhar. A alteração da regra constitutiva pleiteia a inexistência do outro. Um campeonato onde só meu time jogue… e ganhe toda vez!

Aqui termina a analogia com o futebol enquanto luta e conflito simbólico. Surge assim uma sanção regulativa e constitutiva, contrária a ideia de república. Voltamos à política como posse da força e dos meios de coerção. A culpa, quando se sabe dos exageros, das forçagens e das manipulações, é um afeto que facilmente se converte em agressividade. É por isso que tão frequentemente precisamos generalizar, acusar e diminuir o outro para comprar alguns minutos de paz com a nossa própria consciência. Só que uma consciência “comprada” com este tipo de autoengano sempre pede mais. Ela se torna tão mais “gulosa” quanto mais precisa atacar os outros para confirmar a verdade de suas convicções. Formam-se assim blocos cada vez mais genéricos de pessoas-tipo, necessárias para dar corpo ao nosso ódio e a nossa covardia: artistas, professores universitários, “esquerdopatas”, petistas, esquerdistas, gays, são todos espantalhos criados para tentar afastar os corvos que explicam por que a nossa plantação não vai pra frente.

Uma vereadora negra, periférica, bissexual e militante de esquerda é executada e políticos e judiciários de alta patente respondem, em uma variante nacional de Trump, dizendo que afinal “os dois lados tem alguma razão”, ou que “ela teve o que mereceu”, ou ainda “ela estava procurando encrenca”. Justiça verdadeira feita por linhas tortas, não é mesmo?

É esta a mudança fundamental sobre a percepção social da injustiça que nosso direito e nossas mais elevadas formas jurídicas renunciaram a pensar. Lula foi julgado com gosto e com raiva, cuja legenda é mesmo “manda esse lixo janela abaixo” (dita ao piloto do avião que o transportava para a prisão), pois qualquer um tornou-se juiz (não apenas técnico de futebol), qualquer um se autoriza como carrasco e executor, criando um depositário para que uma vez imolado em sacrifício “tudo volte a ser como dantes no quartel de Abrantes”.

O pior aspecto da prisão de Lula é que ela simboliza a derrota de um projeto e a extinção de uma perspectiva de Brasil. Abole-se também a ideia de que é possível partilhar modos de exercer o poder e de o alternar. Sai vitoriosa uma concepção arcaica de poder, baseada na força da pessoa, na posse dos meios e na instrumentalização do Estado. A prisão punitiva de Lula, independente das razões e evidências jurídicas vacilantes, acentua e generaliza a descrença no processo e nas instituições. O espetáculo dantesco de voltas e contravoltas, de casuísmos e de contradições que vem se desenrolando impede que o senso comum forme uma impressão minimamente informada sobre as razões do processo. O problema aqui é que quando o poder  torna-se opaco e demasiadamente complexo para as pessoas comuns a tendência é que cada qual interprete essa opacidade conforme sua própria fantasia. Ou seja, o grande pai salvador, a teoria das maçãs podres, o ideal de purificação, a concepção da família e do sagrado como determinantes políticos fundamentais, a paranoia sobre o estrangeiro, a invisibilidade de certas formas de violência e a hipervisibilidade de outras formas de violência. Essa retomada de nossos piores preconceitos acabou sendo sancionada pela forma como o processo se deu.

Para o bem e para o mal é preciso procurar entender por que Lula era o candidato virtualmente mais apoiado para as próximas eleições. Curiosamente, ele representa apesar de tudo certo consenso, a razão conciliatória, que de fato ele colocou em prática, e que para muitos teria sido a razão última da degradação de seu projeto. Ora, essa conciliação desapareceu. Junto com ela foi-se embora esse valor muito importante que se traduz, em termos republicanos, pelo sentimento comum diante da coisa comum, pelo reconhecimento do conflito como razão produtiva da política. Ora, negociar, argumentar, convencer e justificar dá trabalho e envolve dedicação, informação, certa formação política, algum domínio da história e da cultura. Ter uma opinião abrangente é muito mais fácil. O mesmo sujeito que radicaliza agora se desinteressará pela política quando ela deixar de ser a expressão e o suporte para seu próprio ressentimento social.

Diante de todas as incertezas que aparecem no horizonte é certo que a maneira como as coisas se deram, a retórica do ódio e a imposição da humilhação aos derrotados só pode redundar em aumento do ressentimento social. Foi assim com a ascensão de Temer e depois com a emergência de problemas ligados a violência de todo tipo, das rebeliões prisionais às chacinas na periferia, da homofobia ao massacre de jovens negros. Não é um acaso. Quando interpretamos que a “autoridade” não se justifica senão pela raiva e pela seletividade, tomamos isso como uma mensagem que autoriza as nossas pequenas opressões e os nossos conflitos cotidianos a deixarem de ser elaborados e tratados “institucionalmente”, por meio do trabalho da palavra, e passamos a nos autorizar a fazer o mesmo com nossos assim entendidos “subordinados”. Se a regra é que “quem pode mais, leva”, ao final quem paga a conta são os menos favorecidos.

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Christian Ingo Lenz Dunker é psicanalista, professor Livre-Docente do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), Analista Membro de Escola (A.M.E.) do Fórum do Campo Lacaniano e fundador do Laboratório de Teoria Social, Filosofia e Psicanálise da USP. Autor de Estrutura e Constituição da Clínica Psicanalítica (AnnaBlume, 2011) vencedor do prêmio Jabuti de melhor livro em Psicologia e Psicanálise em 2012 e um dos autores da coletânea Bala Perdida: a violência policial no Brasil e os desafios para sua superação (Boitempo, 2015). Seu livro mais recente é Mal-estar, sofrimento e sintoma: a psicopatologia do Brasil entre muros (Boitempo, 2015), também vencedor do prêmio Jabuti na categoria de Psicologia e Psicanálise. Desde 2008 coordena, junto com Vladimir Safatle e Nelson da Silva Junior, o projeto de pesquisa Patologias do Social: crítica da razão diagnóstica em psicanálise. Colabora com o Blog da Boitempo mensalmente, às quartas.

30 comentários em A regra do jogo

  1. Com certeza. Daqui pra frente teremos, aqueles que julgam ter, um grande desafio que é resgatar a esperança na reconstrução da Democracia e da Paz.

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    • Geraldo, discordo de você. O golpe foi dado pelos ricos com o apoio da classe pobre e da classe média. Eu não vou resgatar nada mais nesse país. Que todos paguem o erro que cometeram apoiando o golpe. Que a classe média e a classe pobre virem escravos da classe rica!

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  2. Luciene de Mélo Paz // 24/04/2018 às 9:14 pm // Responder

    Seguindo a “capilarização do golpe”! Em Campina Grande – Pb, por exemplo, os patrões fizeram ontem uma proposta indecorosa e humilhante aos professores da rede privada de ensino médio e fundamental. Pasmem! Um reajuste salarial de 1,8 % que corresponde a aumento real de R$ 0,12 (doze centavos) no piso da categoria, passando o valor da hora aula para de R$ 6,92 (seis Reais e noventa e dois centavos). Ou seja, eles, os patrões querem greve e querem dar também o seu próprio golpe.
    “Por isso são as minorias as que mais sofrem com a capilarização do golpe.” Concordo, lembrando que sofrimento tem limites e que as minorias que mais sofrem, não são tão minorias assim. Se no capitalismo, a produção precisa ser vendida no mercado, é preciso ter quem compre. Se não tiver quem compre vai esquentar pra todo mundo.
    Excelente texto, Professor, DunKer, Grata.

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  3. Maurício Ramos // 25/04/2018 às 1:37 am // Responder

    “Aqui o acirramento dos afetos combina-se com o racismo cultural brasileiro e sua teoria de que a purificação nos salvará. Pelas mãos e pelo uso da teologia política do velho testamento, ressurge o Deus da ira. Tal qual nas guerras de religião, não se trata de vencer um campeonato e perder outro, talvez perder muitos para um dia ganhar. A alteração da regra constitutiva pleiteia a inexistência do outro. Um campeonato onde só meu time jogue… e ganhe toda vez!”
    Impossível não lembrar a forma agressiva, virulenta e mentirosa, como a campanha de Dilma desconstruiu Marina Silva. O vale tudo anunciado por Lula, que fariam o diabo, para ganhar as eleições.

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    • Ramos, seu comentário está mal escrito porque apensa entendemos que você é um golpista e corrupto. Gostaria de ver a casa ou o carro que você ganhou para apoiar o golpe. Tenho pena de você que está a todo custo tentando manter o golpe e de toda quadrilha do Bolsonaro que pensou que o PT não ia dar trabalho, que pensou que o PT era fácil. Não vou rir do seu sofrimento quando você tiver cumprindo suas penas.

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  4. Não entendi nada do vídeo. C dunker é mto confuso e pouco claro. Parece q ele não tem interesse q mtos acessem suas opiniões. Acho triste ver algo assim. Não precisa escrever pra leigos mas falar pra que pode algum dia deixar de ser leigo ajudaria mto

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    • Figueiredo, o Duncker é um intelectual é pra gente entender o que ele escreve tem que passar pela universidade e ler muito porque senão não entende mesmo.
      Quando eu entrei na universidade eu não entendia nem a reportagem de capa da VEJA. Eu lia uma reportagem inteira de economia sem entender nada. Lia livros inteiros de Psicanálise sem entender nada. Conforme eu ia estudando e lendo textos na faculdade aos poucos comecei a entender política, psicanálise e outros. Não desista procure uma universidade pública eu estudei só em escola pública e consegui estudar na Unicamp, mas me formei na Universidade Federal de Minas Gerais mais antiga.

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  5. DJALMA FREITAS // 25/04/2018 às 5:13 pm // Responder

    Você é mais um esquerdopata a serviço desta ORCRIM, como chefe é Lula.
    Lula e PT jamais representa a esquerda. Pois travestidos de esquerdas o Pt e PC do B apêndice deste, se tornaram iguais ou pior do que a direita antes Arena e DPS e PFL, pois se uniu ao pior dos empresários como OAS e Odebrecht e HTC e outros como JBS para roubar o tesouro e o BNDES pra obter propinas para os partidos coligados é Lula ficar rico em imóveis e seu filhote Lulinha com a OI Telemar.
    A justiça pela primeira vez é seletiva sim pra retirar este crápula das eleições, pois o povão analfabeto é desinformado das suas “maracutaia s” e este mente ap se dizer inocente e perseguido e podem elege-lo denovo, para presidir a ORCRIM. Pois valerá à pena roubar e ser despenalização por amigos do STF com Toffoli, Lewandowski, e Gilmar Mendes e Cia. Carmem e R. Weber resistam sempre a soltar Lula.

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    • Hugo Fernando Jardim Muniz de Souza da Silva // 26/04/2018 às 12:29 am // Responder

      “pois o povão analfabeto é desinformado”.
      Graças aos céus que temos alguns cidadãos de inquestionável invergadura moral e intelectual pra guiar essa corja de ignorantes.
      Salve a elite paulistana quatrocentona.

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      • Sua elite paulistana quatrocentona faz parte da classe burra brasileira porque frequenta universidade e se forma sem ler um texto. Gostaria de saber o que você ganhou para apoiar o golpe? Casa, carro, dinheiro? O povo foi enganado com a promessa de que ia ficar melhor ainda se tirasse o PT do poder e agora começa a descobrir que foi enganado e tem vergonha de dizer que foi enganado. A única classe que ganhou com o golpe foi a classe média os ricos estão pegando o grosso agora com as privatizações das estatais. Os crentes descobriram logo que foram enganados mas o resto ainda está esperando as melhoras que não vão chegar.

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    • Djalma, pelo amor de Deus organize suas ideias lendo algum texto bom por aqui mesmo na Boitempo. Você é do povão e foi enganado com a promessa de que tudo ia ficar melhor ainda se o PT saísse do poder? É por isso que você está com raiva? A classe média ganhou carros, casa, dinheiro. A classe rica está tirando o dela com a privatização das estatais. Quem ganhou com o golpe foram a classe média e classe rica porque o pobre ainda está esperando ganhar alguma coisa.

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  6. Que bom que a justiça brasileira pôs esse ladrão na cadeia. Como o texto diz: lugar de bandido é na cadeia. Fora corruptos, fora PT

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    • Querido Wedson, não tem comida no blog do Bolsonaro? O que que você veio fazer aqui? Não está satisfeito com a saída da Dilma? Tira o Temer!

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  7. Hugo Fernando Jardim Muniz de Souza da Silva // 26/04/2018 às 12:23 am // Responder

    ”são as minorias as que mais sofrem com a capilarização do golpe. Pois é como se cada chefe de seção, cada pequeno burocrata, cada pai autocrático, cada homofóbico ou preconceituoso tivesse recebido uma mensagem cifrada dizendo: “Agora virou futebol. Torne-se você também um microempreendedor do seu próprio golpe doméstico”.”
    Cara, vc mandou muito bem.

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  8. É lamentável que nosso país esteja nesta situação. Mas não acho que seja certo vitimar o ex presidente Lula pelos inevitáveis golpes ao Brasil dados pela corrupção aberrante que seja a saída… O fato de ser ele o preferido de apaixonados pelo PT, que se negam a admitir a triste derrota, não justifica sua absolvição. O processo judicial é eivado de provas.
    Infelizmente, estamos diante de uma falência múltipla de um sistema que se não tivesse sido usado para ludibriar nossa nação, o povo realmente defenderia tanto o ex presidente quanto quaisquer pessoas ligadas a ele se fossem honestos, se tivessem respeitado os limites que o poder também deve ter!!!
    Não compreendo como intelectuais ainda defendem pessoas que quebraram nosso país!!! As vítimas somos nós!!! Infelizmente este pesadelo é real. É acho que quanto mais usarem argumentos vulneráveis mais frágeis serão para ressurgir das cinzas. Fui petista muitos anos. Hoje, sem ódio, com muita tristeza choro por ver meu país sem empregos, sem uma sociedade organizada graças aos golpes da corrupção executada por quem eu tanto admirava e acreditava. Lamentável é a resistência de admitir sem reais afirmações, que deu no que deu porque não foram cuidadosos com o poder de fazer o que era certo metendo a mão em dinheiro sujo… Perderam a credibilidade!!! Por isso, Sr professor pense que a contradição de defender quem fez tudo para estar onde está não deve ser mantida por muito tempo porque o país cansou de ser manipulado por compras de voto com programas sociais lindos, mas usados inclusive para desvios de dinheiro altíssimos… Até Chico Buarque de Holanda, que tanto admirava, mostrou sua contradição… Defendia ideais e vivia e vive diferentemente do que em suas canções dizia… Enfim, vamos torcer pelo Brasil!!! E que TODOS os culpados sejam apurados, julgados e condenados como cidadãos comuns, sem essa de vitimar quem comprovadamente aprontou, sendo quem for. Em primeiro lugar defender o país e não uma corrente ideologica!!! Desculpa mesmo, mas sinceramente, estou triste por não poder aplaudir seu discurso, discordando de golpe porque Temer inclusive era da bancada na eleição de Dilma e z lei o colocou como presidente no impedimento da presidente Dilma (incapaz de governar não só pelas pedaladas, mas por estar visivelmente sequelada – não dizia “coisa com coisa”)

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    • Mais uma que está tentando fugir dos crimes que cometeu. Não adianta botar o LULA na cadeia porque a pena de vocês vai chegar de qualquer jeito. Dá pra ver a hora em que as penas de vocês chegam quando começam a dizer: Lularápio, Luladrão! Meu bem, o povo apoiou com a falsa promessa que tudo ia muito melhor se o PT saísse do poder. A classe média ganhou carros, dinheiro, casas, para apoiar o golpe. O povo está começando a entender que foi enganado mas tem vergonha de admitir o engano.
      Gláucia, o que você ganhou para apoiar o golpe? Ou você é mais um pé de pano que foi ludibriado?

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  9. Maria Giovane // 28/04/2018 às 9:36 am // Responder

    Excelente explanação para esse triste momento que vivemos. É uma pena que as pessoas não acessem esse tipo argumentação, nos daria uma boa base para nos envergonhar desse “gozo pela humilhação do outro”.

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    • É interessante observar que no blog da Boitempo existem mulheres nos comentários, no blog da Sputnik quem comenta é na maioria homem. Ao contrário do que você pensa muitas pessoas acessam os blogs, sites, e perfis da esquerda em todas as redes sociais e escrevem comentários. O prazer em ver a humilhação do outro é muito comum nas pessoas que se autointitulam de direita. O prazer em ver o sofrimento e a miséria do outro é o que faz você fingir que é contra esse tipo de coisa. Na realidade você apoiou o golpe e está arrependida porque queria ser uma pessoa legal mas apoiando o golpe você agiu errado.

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  10. Ricardo Mauricio Contel // 29/04/2018 às 1:15 am // Responder

    Mas uma nação não é composta por uma única pessoa. Onde aliás, ainda dizem que vivemos em uma democracia ……. mas de que forma?

    Sds
    Ricardo

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    • Contel, eu nunca lhe vi por aqui. Você se desgarrou do bando do Bolsonaro e está perdido? Procure pela direita porque é o lugar de vocês. Aqui só tem gente que não presta (é o que vocês dizem).

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  11. Eduardo Helene // 29/04/2018 às 4:06 am // Responder

    Me admira que o nobre professor não concegue reconhecer os evidentes sinais de psicopatia de Lula e seu partido. Não levar isso em conta é aceitar o crime como normalidade e a moral como desvio de conduta.

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    • Helene, você não deve ter lido o que comento na internet, por isso vou repetir o que escrevi em outros lugares. Todo mundo sabe que a pessoa que acusa o LULA e o PT está confessando sua participação em crimes políticos. Você conseguiu compreender o que estou comentando?
      Estamos vendo quais pessoas são culpadas através das falsas acusações ao PT e ao LULA.

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  12. Partilho de sua distopia, até porque há um recalcado que vai retornar, não se apaga o povo por decreto. Se o projeto “o povo não é problema, é solução” de Lula não vingou, esse “problema” vai reaparecer. Se as regras já não valem, não há mais um Estado confiável, sabemos onde isso vai parar: vão surgir os tabus pretensiosos de substituir o totem. “A esquerda é o mal” é, por enquanto, o tabu mais disseminado; e a desobediência civil não parece estar no radar.

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    • Sanchez, o golpe foi dado com apoio popular que apoiou o golpe com a promessa que tudo ia ficar melhor ainda sem o PT. A classe média ganhou carros, casas e empregos mas quem saiu mais uma vez perdendo foi as minorias e a classe pobre que não viu acontecer a promessa de melhoras e se fudeu.
      Fábio Sanchez, o que você ganhou apoiando o golpe?

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    • Aída Paiva // 18/06/2018 às 7:32 pm // Responder

      Sanchez, você aprendeu há pouco tempo o que é distopia. Eu estou torcendo pra ver você entrar numa depressão e não ter nenhum sonho nenhuma utopia que lhe mantenha a vida.
      Não sei porque você está tão confiante que vocês se manterão no poder. Da mesma forma que vocês tiveram que nos dar o poder depois do FHC vocês vão ter que nos devolver o poder. Sabe porque? Porque a grana vai acabar e quem produz somos nós e se nós morrermos vocês morrem junto.

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  13. ¿A extinção de um projeto com perspeciva de Brasil??? Essa é a linha que norteia o texto acima?…
    Só e somente só se for de um “Projeto de Brasil Kitsch”. Um Brasil petista.
    Lula escolhe (e escolheu) mal seus Ministros e partidos de base. Inclusive gente ruim demais para substitui-lo, como fez com a presidente dilma…

    Enquanto isso o Petismo quanto o PCdoB — truculento e doce, ao mesmo tempo, conheço a muito tempo! Tem aqui em minha terra, também! — desejavam se fortalecer no poder sem alternância! Utilizando pra isso enorme publicidade e manipulação dos coraçoões e mentes ao estilo de João o Milionário Santana.
    O PCdoB não tem identidade própria (como o PCB, poderia ter)…
    O PCdoB é apenas um satélite hiper puxa-saco do PT, quanto do petismo!
    De toda aquela turma. Relembremos rapidamente alguns. Ei-los:
    Fyllózopha pro PCdoB (e hiper petista) por.ra-louca Márcia Tiburi rsrs Sempre querendo dar uma de “moderninha”.
    a Baranga-de-Belô dilma;
    o hiper apedeuta picareta o capo lula;
    o atual “escondidinho” e super mafioso Rui Falcão; a tosca Gleisi Hoffmann;
    o super barangão (criou projeto contra Uber) o paulista Carlos-Cara-de-Otário-Zarattini;
    o truculento Wadih Damous;
    o grotão Jorge Viana;
    a bregona fylózopha Márcia-Fanática-Tiburi;
    o bode Humberto Costa; o disfarçado de PMDB Roberto Requião (petista puro, de carteirinha);
    o fingido a doce e dissimulado a suave Paim;
    a feminista histérica Maria do Rosário;
    o falso Lindbergh Farinha;
    o Por.ralouca-de-Sampa cujo nome é Haddad;
    a Nojenta-Grosseira-Professora-Petista-Cagona-da-Paulista [professora] (pesquisem no Google);
    o bregaço Pilantrel Governo de Minas.
    Bom… Essa é a corja!

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    • Aída Paiva // 18/06/2018 às 7:27 pm // Responder

      Rivelino, já sei de onde você é. Você é da Bahia ou do nordeste. Você gosta de apanhar e ser maltratado porque é assim que você acha certo. Você acha que você não tem direito a ser feliz e gosta quando a família do Antonio Carlos Magalhães esbanja maldade e lhe humilha roubando o que você produz. Você se acha porco e feio e que você não tem direito a nada. Quando alguém lhe defende você desconfia e prefere ficar sendo maltratado pela família do Antonio Carlos Magalhães. Você é assim o que que a gente pode fazer por alguém que não quer ser ajudado?

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    • Aída Paiva // 18/06/2018 às 7:37 pm // Responder

      Dunker, eu acho que a direita entregou o poder quando LULA ganhou pra presidente. E a direita vai devolver o poder quando estiver pobre de novo. O dinheiro e riqueza que o PT juntou no Brasil foi embolsado pela direita e vai acabar e nesse momento nós voltaremos pro poder.

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  14. Jonathan V.B // 20/06/2018 às 8:40 pm // Responder

    Professor,
    Atualmente estamos carentes de pensadores que ergam bandeiras do conhecimento em prol de um povo sofrido, esquecido, explorado como é o povo brasileiro. Estamos atualmente vislumbrando conhecedores das mais diversas ciências acovardando-se ante os políticos sanguessugas que há no Brasil, de todas as regiões e de todos partidos políticos. Vossa Excelência, na minha humilde opinião, é referência em psicologia, psicanálise, em filosofia, de maneira geral lhe considero um mestre e um norte a ser seguido, todavia não cabe aqui a idolatria. Quanto ao exposto em seu blog, cumpre ressaltar sua importância na formação de opinião, de certa forma como supramencionado, estamos carentes de cérebros e exaustos de incongruências. Com todo respeito a sua vitoriosa formação, opinião e pessoa, cumpre fazer algumas considerações, sempre de maneira respeitosa com todos que não compartilham a mesma opinião, visto que nos dias de hoje já não cabe mais insultos, ofensas e discursos de ódio, estigmatizações e taxações. Política, religião e futebol mexem com a sombra de cada pessoa (não de todas) e acaba-se criando uma situação desnecessária. Estamos em grau de completo desgoverno, de uma corrupção instalada em diversas esfera e, principalmente no judiciário. Com efeito a prisão do cidadão LULA foi um marco na história do Brasil. É mais do que preciso parar com a idolatria deste ou daquele, parar de encarar o populismo com sendo o acesso a condições, parar de exaltar seres humanos que não fazem mais que a sua obrigação no cumprimento dos seus deveres. Lula subestimou e subestima ainda todo cidadão brasileiro, todos os poderes que constituem a federação e todos que se contentam com auxílio e engrandecimento do assistencialismo. Assistencialismo não é, nem de longe, evolução, traz somente um condição que cria uma dependência, uma efeito dominó. Esquerda ou direita, ambas se apresentam como falhas e por isso é mais do que necessário apontarmos os seus erros. Lula soube somente criar seu império, seja de fanáticos psicologicamente já comprometidos ou de bens materiais. Essas são as únicas verdades, passou por todas as instâncias, utilizou de todos o meios para protelar o processo jurídico já tão falho no nosso país, mas milagrosamente foi condenado! Precisamos enxergar verdades e não aparências. Falsa humildade e populismo não fazem bom governo. É preciso olhar além dos interesses particulares e nortearmos para o bem comum. Lula preso é sim uma evolução e um exemplo para os que virão. Nosso país é mais que um partido ou uma ideologia, mais que falsidades, é uma riqueza de norte a sul, ,leste a oeste intrínseca no coração de cada cidadão.

    Atenciosamente.

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  15. Querido Dunker, apesar de sua visão pessimista do golpe e da prisão do LULA também podemos ver tudo isso de um outro jeito. Existia no Brasil antes do golpe uma parcela significativa da população meio que amordaçada pela administração petista. Não estou dizendo que o PT foi repressor mas essas pessoas se sentiam assim. Existe uma boa parcela da população bem velha que desde a ditadura de 1064 até hoje não pode dizer o que pensa com ou sem o PT. O golpe mostrou a faceta da maioria da população que gosta de violência, que gosta de poder injusto, todas essas pessoas tiraram a capinha de carneirinho e mostraram a carranca de lobo. Existe uma imagem falsa e ruim do LULA que foi por muito tempo veiculada que está quase extinta com a prisão do LULA (pelo menos pra mim, não vi mais por aí essa imagem). O golpe aconteceu com o apoio popular então essa visão de Brasil que você escreveu talvez não exista pra todos estamos imaturos politicamente. Apesar de termos perdido o poder faço avaliações positivas do golpe e vou até agradecer a direita:
    _Grata pelo golpe, Coxinhas! Porque assim conheci o povo brasileiro.
    O golpe não aconteceu sem o apoio da maioria a maciça maioria apoiou o golpe e o que estávamos vendo era um desenvolvimento falso do pensamento do brasileiro.
    Eu não estou bem de dinheiro mas também nunca fiquei bem de dinheiro com o PT, então pra mim o golpe foi bom porque vi a cara falsa das pessoas caírem. Com o golpe vi o que era realmente a política.

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