Urariano Mota comenta a série “Em busca de Anselmo”, destacando o lugar de Soledad Barrett, de sua gravidez e de sua morte entre as atrocidades cometidas pelo agente duplo da ditadura. [...]
Urariano Mota comenta a série “Em busca de Anselmo”, disponível na HBO Max, que trata da vida do agente duplo da ditadura, delator e responsável pela morte da companheira Soledad Barrett, grávida, e de outros militantes de esquerda durante a ditadura militar. [...]
Urariano Mota comenta a morte de Cabo Anselmo, agente duplo durante a ditadura e responsável pela traição que culminou na tortura e assassinato de Soledad Barret. [...]
Uraniano Mota comenta a chegada de "Soledad no Recife" em formato de audiolivro. O livro percorre as veredas da passagem da militante paraguaia Soledad Barret pelo Recife, em 1973, em plena ditadura militar brasileira. [...]
Urariano Mota / "Minha filha e os da geração dela costumam se referir aos assuntos mais graves, sérios e tocantes como “pesados”. Entendo-os com um esforço de largueza na compreensão. Bem sei que na verdade assim se referem às obras e pessoas fundamentais, com as quais não adianta fazer “greia”, para usar uma gíria recifense, ou mesmo brincar com leveza. Mas jamais poderia imaginar que o adjetivo usado por eles fosse tão impeditivo para mim. Pois adiei falar até hoje sobre Djalma Gomes de Lima Júnior." [...]
Urariano Mota / "Em 12 de março, foi o aniversário de duas meninas quase gêmeas, duas cidades quase em uma só, de tão próximas e parecidas, o Recife e Olinda. Eu gostaria de pedir uma suspensão do noticiário político, como se fosse possível haver uma trégua breve na guerra. Devo? É possível? Façamos de conta que sim, num intervalo ligeiro, para falar de passagem da cidade que na semana passada fez 478 anos." [...]
Urariano Mota / "Não sei se Contardo Calligaris sabe, mas no Brasil a infelicidade das mulheres bem que gostaria de possuir maridos devotos, mais famílias e vidas sem necessidades básicas. Se assim fossem infelizes, 90% das brasileiras até poderiam dizer que sentiam um pouquinho do gosto da felicidade. É sério. Quando a gente relaciona a infelicidade feminina dos romances clássicos às mulheres brasileiras, a inadequação é a mesma do pregador franciscano em Canudos, no instante em que recomendava jejum de farinha e bacalhau aos sertanejos famintos. O religioso recebeu gargalhadas, aos gritos de que “assim já é fartura”...." [...]