Douglas Rodrigues Barros

Ficção americana: antirracialista e anti-identitário

18/04/2024 // 1 comentário

Douglas Barros: "A preciosidade de 'Ficção americana' foi a de demonstrar o antirracismo reduzido à lógica comportamental cuja característica é o não questionamento da própria ideia de raça. Um culturalismo difuso, repousado no juízo de que é possível criar uma cultura antirracista sob o regime capitalista através de manuais." [...]

Goodbye, Žižek!

02/04/2024 // 1 comentário

Douglas Barros: "Žižek, tão contundente ao identitarismo, despediu-lhe por uma porta – a de defesa dos direitos humanos – para fazê-lo entrar por outra – a de defesa da civilização europeia. Permaneceu, portanto, preso ao paradigma do Estado sem a crítica da economia política. Por isso, optou desde sempre pelo pré-marxismo." [...]

“Pobres criaturas” e nosso reflexo em seu espelho

27/02/2024 // 2 comentários

Douglas Barros: "Enredados na teia da adesão dos ideários representados pela indústria cultural – que é só parte de um todo chamado sociedade do espetáculo – nossos felizes progressistas se dão por satisfeitos com os enunciados conscientes. No filme são vários, dentre os quais um feminismo adocicado e brandas referências ao socialismo – aliás, totalmente à revelia do que ocorre na obra homônima de Alasdair Gray utilizada para construir o roteiro. Isso basta para tornar o nicho progressista satisfeito." [...]

O que significa o fetichismo da mercadoria?

06/09/2023 // 1 comentário

Douglas Barros: "O fetichismo da mercadoria foi a compreensão que Marx teve de que o capital se tornou o novo deus. Ele fundamenta as bases e movimenta a sociedade onde reina a mercadoria, dá a impressão que os produtos do trabalho humano se tornam autônomos ante seus produtores pelas forças irreconhecíveis do capital e do mercado, organizando a própria subjetividade dos indivíduos." [...]

Muito além das quatro linhas: o racismo contra Vinícius Jr.

26/05/2023 // 1 comentário

Douglas Barros: "Vinícius Jr. se tornou o bode expiatório de promoção ao engajamento de vários fascistas espanhóis e qualquer possibilidade de romper com esse ascenso não está nas suas mãos ou nos seus pés. Não se limita às quatro linhas. Requer uma mobilização coletiva de jogadores e torcedores que ainda defendem a igualdade fundamental como valor inegociável e são ardorosamente antifascistas." [...]

Os oitenta anos de “O ser e o nada” e sua atualidade

19/04/2023 // 1 comentário

Douglas Barros e Thiago Rodrigues comentam a atualidade de "O ser e o nada": "Eis aqui uma tradução possível para o famigerado conceito de liberdade em Sartre; a possibilidade de abrirmos caminhos mesmo diante da mais absoluta prisão que, invariavelmente, reside em nós mesmo e naquilo que desejamos. Enfim é preciso reaprender a imaginar, passo fundamental à descolonização de nosso imaginário. Enquanto estivermos nesse inferno, Sartre segue sendo um Virgílio fundamental! Viva os oitenta anos de Ser e Nada!" [...]

O ódio ao intelectual

01/02/2023 // 1 comentário

Douglas Barros: "Contra o discurso anti-intelectual, que grassa no submundo das redes interconectadas e ganha coro nas fileiras da esquerda, já dizia um dos maiores intelectuais orgânicos do mundo: “nem tudo que brilha é relíquia nem joia!”. [...]