Guia de leitura | URSS, um novo mundo e O mundo do socialismo | ADC#28

URSS, um novo mundo e O mundo do socialismo
Caio Prado Júnior

Guia de leitura / Armas da crítica #28

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A caixa de fevereiro traz um lançamento inédito de duas obras de Caio Prado Júnior há bastante tempo sem reedições: URSS, um novo mundo e O mundo do socialismo

Em 1933, o jovem intelectual visitou a URSS por aproximadamente um mês e meio. A obra, que nasceu a partir de relatos dessa visita, aborda testemunhos e descrições sobre os aspectos sociais e econômicos daquele país, como o setor industrial, a agricultura, a coletivização, o comércio, a família, o papel da mulher, a religião, a educação, a cultura, as relações sociais, as instituições e outras características singulares daquela experiência histórica pouco conhecida dos leitores brasileiros à época.

Já O mundo do socialismo nasceu da viagem de Prado Júnior entre julho e setembro de 1960 à China e novamente à URSS. Com 53 anos, Caio conservava sua visão entusiasta às experiências socialistas, posição que manteve até sua morte. Na URSS, o historiador visitou colcozes, creches, estádio de futebol e escolas. De lá, ele e a esposa seguiram para a China, onde conheceram Pequim, Wuhan, Xangai e outras cidades no sul. Sempre acompanhado de um guia local, visitaram fábricas, monumentos, comunas, teatro e um templo budista.

A caixa do mês, além do adesivo especial com temática da URSS, ainda é acompanhada de cinco cartões postais soviéticos e um livreto sobre as viagens de intelectuais latino-americanos ao centro do comunismo mundial, assinado por Victor Jeifets e Lazar Jeifets, da estatal de São Petersburgo.

autor Caio Prado Júnior
coordenação da coleção e apresentação Luiz Bernardo Pericás
orelha Angelo Segrillo
quarta capa Lincoln Secco, Lazar Jeifets e Victor Jeifets
edição Thais Rimkus
coordenação de produção Livia Campos
diagramação Antonio Kehl
capa Maikon Nery
páginas 288

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Quem foi Caio Prado Júnior?

Caio da Silva Prado Júnior nasceu em São Paulo, no dia 11 de fevereiro de 1907. Em 1928, tornou-se bacharel em ciências jurídicas e sociais pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Em 1935, tornou-se presidente regional da Aliança Nacional Libertadora (ANL) em São Paulo. Foi preso no fim do mesmo ano. Libertado em 1937, partiu para a Europa, de onde retornou em 1939. Em 1943, junto a outros, fundou a editora Brasiliense. Eleito deputado estadual pelo PCB em 1947, teve seu mandato cassado no ano seguinte, sendo encarcerado por quase três meses. Em 1969 foi indiciado por “incitação subversiva”. Depois de se exilar por alguns meses no Chile, retornou ao Brasil. Em 1970 foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão e libertado em agosto de 1971. Faleceu no dia 23 de novembro de 1990.

Publicou, entre outros, os livros Evolução política do Brasil (1933), Formação do Brasil contemporâneo (1942), História econômica do Brasil (1945), A revolução brasileira (1966) e História e desenvolvimento (1972). Em 2021, a Boitempo iniciou a coleção Caio Prado Júnior, sob coordenação de Luiz Bernardo Pericás. O primeiro livro lançado foi História e desenvolvimento: a contribuição da historiografia para a teoria e prática do desenvolvimento brasileiro.

Para saber mais sobre a vida do autor da caixa de fevereiro, confira Caio Prado Júnior: uma biografia política (2016), ambiciosa obra de Luiz Bernardo Pericás e também Caio Prado Júnior: o sentido da revolução (2008), de Lincoln Secco, ambos publicados pela Boitempo.

“O socialismo é a expressão ideológica mais completa e perfeita que se pode imaginar para uma classe social nas condições do proletariado. Nunca houve na história da humanidade programa que com tanta perfeição se adaptasse a todos os interesses e aspirações de uma categoria social qualquer.” 

CAIO PRADO JÚNIOR

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As visitas de Caio Prado Júnior ao centro do comunismo

Esta obra apresenta dois “livros de viagem” à URSS, escritos por Caio Prado Júnior, grande estudioso da história do Brasil ligado ao Partido Comunista Brasileiro. Os relatos se deram em épocas bem diferentes tanto da história da União Soviética quanto do Brasil: 1933 e 1960. No contexto brasileiro, aconteceram em duas “janelas de oportunidade” relativamente democráticas logo antes de ditaduras pesadas, o Estado Novo de 1937 e o governo militar de 1964. Na URSS, Caio Prado presenciou a época de Stálin e a época do “degelo” de Khruschov. A visão deste importante intelectual brasileiro sobre a experiência soviética nesses dois momentos certamente é de interesse histórico.

Coloquei a expressão “livros de viagem” entre aspas, pois não se trata de livros de viagem tradicionais do século XX com descrição dos pormenores diários dos traslados. Nesse ponto, os dois textos de Prado Júnior se aproximam mais das narrativas de viajantes de séculos anteriores, aventureiros europeus que desbravavam terras distantes “exóticas” e se dedicavam, em suas obras, a descrever o funcionamento daquelas sociedades tão diferentes das suas. Caio dedica-se exaustivamente a descrever o funcionamento daquela sociedade tão “exótica” que era a soviética, em suas mais diversas áreas: educação, trabalho, relações sociais, política etc. Aproveita e toca em assuntos mais abstratos, como religião e liberdade, tirando também conclusões filosóficas a partir daí.

Angelo Segrillo

 Professor Doutor de história contemporânea no Departamento de História da Universidade de São Paulo.

“Este livro (com seus dois textos) representa uma viagem não à URSS, mas ao mundo intelectual de Caio Prado Júnior – e não em relação à história do Brasil (pela qual ele é tão conhecido), mas sim em relação à sua grande esperança política: um país que pudesse servir de fonte e base para um mundo mais justo socialmente. Acredito que lançar luz contextualizada sobre essa parte menos conhecida da obra de Caio Prado é, provavelmente, a maior contribuição que esta nova edição pode dar.”

ANGELO SEGRILLO

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Caio Prado Júnior e a experiência histórica da URSS

O sentimento anti-imperialista de intelectuais radicais latino-americanos e seu desejo de levar a cabo mudanças profundas na vida social e econômica do país, transformações rápidas e revolucionárias, bem como a percepção de uma “América nossa” e a complexidade de seus problemas comuns, serviram de base para vários revolucionários de origem burguesa e intelectuais independentes verem a revolução bolchevique na Rússia e o Comintern como impulsionadores das ideias de justiça social em escala mundial.

Tais pensadores e ativistas encontraram no comunismo uma arma eficiente para atingir seus objetivos. Nas décadas de 1920 e 1930, o comunismo e a esquerda receberam apoio significativo de várias figuras-chave da história latino-americana. Caio Prado Júnior foi um desses personagens. E esta edição mostra a visão desse importante historiador brasileiro sobre a União Soviética e sua opinião, ao longo dos anos, a respeito daquela experiência histórica.

Lazar Jeifets e Victor Jeifets

Professores da Universidade Estatal de São Petersburgo.

“Caio Prado Júnior assistiu aos primórdios da planificação econômica soviética. Depois da guerra, voltou e observou um país reconstruído, cujos dirigentes previam a instauração do comunismo em vinte anos. O autor não viu seu colapso. Entre o auge do stalinismo e a desestalinização, não questionou o modelo socialista – mas nem por isso perdeu de vista a particularidade concreta da realidade brasileira. Este livro nos oferece dois preciosos documentos da trajetória do nosso maior historiador marxista.

LINCOLN SECCO

O lugar da URSS na obra de Caio Prado Júnior

Vale indicar o lugar em que se encontram URSS, um novo mundo e O mundo do socialismo no quadro maior da obra caiopradiana. Esses, certamente, não são os livros mais importantes de sua produção. Apesar disso, ambos mostram um retrato (mesmo que parcial) da União Soviética em decênios bem distintos, apresentando as características do país em momentos diferentes de sua história. Além disso, é interessante apontar para o fato de que dois passeios relativamente curtos no exterior se tornaram livros, algo incomum em sua bibliografia. Caio viajou para muitos locais ao longo da vida, mas isso não se refletiu em obras como as duas em questão. […]

URSS, um novo mundo e O mundo do socialismo podem ser inseridos, também, no contexto das obras de viagem de latino-americanos e, especificamente, de brasileiros à União Soviética (e, no segundo caso, também à China), com todas as ressalvas feitas em relação às características “híbridas” e heterogêneas desses trabalhos. Ambos os volumes igualmente representam uma fotografia do próprio autor no início dos anos 1930 e começo da década de 1960. Afinal, neles é possível encontrar suas ideias e seus posicionamentos em relação a vários assuntos, como o comunismo, o fascismo, o Estado, a revolução, a liberdade, o partido, o trabalho e os muitos aspectos filosóficos, jurídicos, culturais, políticos e econômicos do “mundo do socialismo” discutidos pelos setores progressistas de sua época.

Luiz Bernardo Pericás na apresentação de URSS, um novo mundo e O mundo do socialismo

Professor de História Contemporânea na USP e autor de Caio Prado Júnior: uma biografia política (Prêmio Jabuti de melhor biografia em 2016).

“A leitura desta edição dupla, composta de livros há muito fora de catálogo, ajuda a entender pontos menos conhecidos da vida e da obra de Caio Prado Júnior e é fundamental para ampliar e completar o quadro geral de seu ideário político e econômico, representando um material singular e muito interessante para todos aqueles que estudam seu pensamento.”

LUIZ BERNARDO PERICÁS

URSS, um novo mundo

Não esperem, os leitores, encontrar nele nada de novo. Não procurei originalidade – aliás, incabível no caso. Procurei apenas ser sincero. Este livro é um depoimento imparcial do que vi e observei em dois meses de permanência na União Soviética. Não lhe dei a forma de um livro de viagem unicamente porque quis escrever com mais método, o que, creio, contribuirá para a clareza da exposição. No mais, contudo, é um simples relato. Se por vezes me aventuro em considerações de ordem teórica, muitas vezes mesmo, confesso, é porque elas são indispensáveis num livro deste gênero. Reduzi-as, no entanto, ao mínimo.

Divido o livro em quatro partes. Na primeira, analiso a organização política da União Soviética; na segunda, sua organização econômica; na terceira, encaro alguns aspectos sociais do país; na última, exponho sumariamente as realizações do regime no terreno material e cultural.

[URSS, UM NOVO MUNDO e O MUNDO DO SOCIALISMO, p.46]


“Não se deve perder de vista que o regime soviético é revolucionário e consiste, portanto, numa ofensiva aberta e declarada contra forças e interesses consolidados no passado e para os quais a luta é uma questão de vida ou morte.”

CAIO PRADO JÚNIOR

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Os sovietes e a verdadeira democracia

O trabalhador soviético não é o cidadão das democracias burguesas, que sente sobre si o peso de um poder estranho e adverso. É um participante ativo desse poder. Suas funções políticas não se limitam ao direito de eleger representantes que, agindo em seu nome, agem na realidade como bem entendem. Os sovietes não são parlamentos; são delegações dos trabalhadores que funcionam sob as vistas e debaixo do imediato controle deles. Um mandatário soviético pode ser a qualquer momento destituído pelos seus mandantes.

O Estado soviético não é, assim, uma coisa estranha e superior à grande maioria da população; é a organização política dela para o exercício efetivo do poder. [Na União Soviética,] os sovietes surgiram em 1917, sob o domínio de um governo burguês, para defender, como delegações dos operários e camponeses russos, os interesses dos trabalhadores. Concentrando em suas mãos todo o poder, depois de destruído aquele governo, eles continuaram sendo a mesma coisa. Não será isso a verdadeira democracia?

[URSS, UM NOVO MUNDO e O MUNDO DO SOCIALISMO, p.60]

“A sociedade humana não é um conjunto de tintas que um pintor combina à vontade. É um organismo vivo, que evolui de acordo com leis que podem ser cientificamente determinadas e que não estão sujeitas ao arbítrio de doutrinadores, por mais bem-intencionados que sejam.”

CAIO PRADO JÚNIOR

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A economia soviética como modelo

De país retardatário a União Soviética passou em poucos anos para o primeiro plano das grandes potências do mundo moderno. Ora, esses resultados não seriam possíveis se os planos em que se assentou a reconstrução do país não correspondessem à sua realidade econômica e social e fossem fruto apenas da fantasia dos dirigentes soviéticos. Erros evidentemente não faltam. Mas esses erros, tratando-se principalmente de uma fase por assim dizer preliminar do planejamento soviético, não podem ser superestimados.

Quando se observa quais foram nesse terreno os progressos realizados, desde os acanhados planos dos primeiros anos do regime até os complexos e imensos planos de hoje, não há mais razão para duvidar da possibilidade de levar até os últimos extremos da minúcia e perfeição o planejamento da vida econômica e social de um país.

A União Soviética indicou o caminho; outros irão por ele. Projetos nesse sentido não faltam, e não são poucos os economistas burgueses que descobrem no planejamento um último e único recurso para o salvamento da nau desarvorada do capitalismo moderno. […] De utopias eles já passaram para a categoria de possíveis modelos.

[URSS, UM NOVO MUNDO e O MUNDO DO SOCIALISMO, p.77]

“Ninguém na União Soviética, a menos que feche deliberadamente os olhos, poderá duvidar um só instante que se encontra num país diferente dos outros, em que a ordem social que prevalece no resto do mundo foi totalmente invertida.”

CAIO PRADO JÚNIOR

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O camarada

Outro caráter que o regime soviético imprimiu na vida do país é a ausência de qualquer hierarquia social. Não que exista igualdade material. Dessa igualdade a União Soviética ainda está, como já indiquei, relativamente longe. Mas essa diferença fica no terreno estritamente material. Não traz, em absoluto, contrastes de ordem social, não cria categorias sociais hierarquizadas. A distinção não é sutil. Ela é sensível para qualquer observador da vida soviética. A diferença que há neste terreno para as sociedades de organização burguesa é notável. Uma situação material mais folgada ou uma posição social de destaque não traz consigo privilégio algum, não coloca o indivíduo em nenhum plano superior.

Nesse sentido, a igualdade é absoluta. Isso se nota nas próprias relações exteriores entre os indivíduos, em que todas essas marcas de respeito ou homenagem que constituem o complicado código burguês das atitudes e dos tratamentos convencionais foram por completo abolidas. A norma é sempre a mesma para todo mundo. Um único tratamento – o camarada dos operários – é indistintamente empregado. Camaradas são todos, do simples trabalhador não qualificado, com oitenta rublos apenas de salário mensal, aos comissários do povo. E as saudações também são as mesmas, trate-se de quem for.

[URSS, UM NOVO MUNDO e O MUNDO DO SOCIALISMO, p.111]

“Costuma-se alegar que os sovietes são ‘contra’ a família. Confunde-se nessa crítica um processo histórico – a transformação da família com o advento da revolução – com uma hostilidade deliberada que não existe e não teria razão de ser.”

CAIO PRADO JÚNIOR

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O mundo do socialismo

Não foi para “julgar” que visitei os países socialistas, e sim para analisar as soluções dadas nesses países aos problemas da revolução socialista, isto é, da transformação socialista do mundo. Estou convencido dessa transformação e de que a humanidade toda marcha para ela. Darei adiante as razões dessa convicção, que as impressões trazidas da viagem mais uma vez confirmaram.

E assim sendo, o que procurei observar foi o processo da transformação, a evolução da sociedade humana do capitalismo para o socialismo, como primeira etapa para a implantação do comunismo de que já hoje, como se verá, se encontram as premissas na União Soviética. Não me preocupei, assim, no correr de minhas observações, em julgar os países socialistas, muito menos em estabelecer confrontos, no sentido ordinário, entre eles e os países capitalistas. Isso para mim era e é secundário. Foi a experiência acumulada nos países socialistas, experiência orientadora da transformação socialista, pela qual, a meu ver, todos os povos e nós brasileiros, inclusive, haveremos mais cedo ou mais tarde de passar, o que me interessou.

[URSS, UM NOVO MUNDO e O MUNDO DO SOCIALISMO, p.159]

“A elevação do nível cultural das massas é da essência do regime soviético. Social e politicamente, é este o significado do socialismo: a substituição, na direção da sociedade, de uma minoria dirigente pela comunidade toda. Ora, para isso, a primeira condição é naturalmente uma comunidade homogênea e culta.”

CAIO PRADO JÚNIOR

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O socialismo como resposta

O socialismo, sobretudo considerado, como deve ser, nas suas perspectivas voltadas para a sociedade comunista, é a resposta a todas as questões que a humanidade de hoje se propõe – o que não prejulga evidentemente as questões que porventura e certamente se proporão depois. Mas isso é outro assunto, que não passa, por enquanto, nem pode passar, do plano da profecia de que ninguém sensatamente se irá preocupar. Fiquemos naquilo que diz respeito ao mundo capitalista em que vivemos e que nele se propõe e demanda resposta. E essa resposta, encontramo-la sem dúvida alguma no mundo socialista e na larga experiência histórica, de que ainda somos alheios, dos países e dos povos incluídos nesse mundo.

Não se justifica, assim, qualquer atitude de prevenção e hostilidade de princípio contra o mundo do socialismo, de cuja tão rica experiência histórica nos devemos necessariamente valer. Não para servilmente a copiar, e sim para aproveitá-la convenientemente. Tanto mais que entre as grandes lições dessa experiência estão aquelas que nos permitirão evitar os escolhos em que esbarraram, como tinham de esbarrar, os pioneiros e a vanguarda do socialismo, obrigados como foram a desbravar um terreno ainda indevassado e virgem.

[URSS, UM NOVO MUNDO e O MUNDO DO SOCIALISMO, p.276]

“O socialismo, ao contrário do que com frequência se vê afirmado, não constitui uma receita, um dogma, uma norma mais ou menos arbitrariamente escolhida segundo o gosto de reformadores e a que se trataria de subordinar os fatos humanos e a organização da vida social. Essa é uma imagem de todo deformada do socialismo, que precisamente exclui todo e qualquer traço de subjetivismo.”

CAIO PRADO JÚNIOR

Leituras complementares

Baixe os conteúdos complementares do mês em PDF!

Este mês trazemos uma seleção de quatro textos de apoio: uma carta de 1932 e um telegrama de 1968, ambos publicados na revista Margem Esquerda #20, assinados por Caio Prado Júnior; e dois trechos de biografias do autor da caixa do mês, Caio Prado Júnior: o sentido da revolução, de Lincoln Secco, e Caio Prado Júnior: uma biografia política, de Luiz Bernardo Pericás.

Clique nos botões vermelhos abaixo para fazer o download!

Caio Prado Júnior

“Carta a Correligionários do PCB” (1932) e “Telegrama para a Embaixada da União Soviética” (1968)


Lincoln Secco

O revolucionário


Luiz Bernardo Pericás

Primeira viagem ao mundo do socialismo

Vídeos

Este mês trazemos o lançamento antecipado de Um novo mundo e O mundo do socialismo, com Fernando Garcia e Luiz Bernardo Pericás, além de duas séries da TV Boitempo: Caio Prado Júnior, sempre um historiador, com Fernando Novais e Caio Prado Júnior: Vida e obra, com Luiz Bernardo Pericás.

Para aprofundar…

Uma compilação de textos, podcasts e vídeos que dialogam com a obra do mês.

História e desenvolvimento: a contribuição da historiografia para a teoria e prática do desenvolvimento brasileiro, de Caio Prado Júnior

Caio Prado Júnior: uma biografia política, de Luiz Bernardo Pericás

Caio Prado Júnior: o sentido da revolução, de Lincoln Secco

Caminhos da revolução brasileira, organização de Luiz Bernardo Pericás

Intérpretes do Brasil: clássicos, rebeldes e renegados, organização de Luiz Bernardo Pericás e Lincoln Secco

Margem Esquerda #20, com “Carta a Correligionários do PCB” (1932) e “Telegrama para a Embaixada da União Soviética” (1968), de Caio Prado Júnior

Camarada, de Jodi Dean

Sinfonia inacabada: a política dos comunistas no Brasil, de Antonio Carlos Mazzeo

Clyo Psicast: #23 Caio Prado Júnior | Formação social brasileira e relações de classe, com Virgínia Fontes, nov. 2022.

A Terra é redonda: Caio Prado Júnior – o sentido da revolução, com Lincoln Secco e Francisco Teixeira, fev.2021.

Grupo Gramsci: #4 Caio Prado Jr. – A história econômica do Brasil, com Fabio Gentile, nov.2020. 

Grupo Gramsci: #5 Caio Prado Jr. – Formação do Brasil contemporâneo, com Fabio Gentile, nov.2020. 

Grupo Gramsci: #6 Caio Prado Jr. – A revolução brasileira, com Fabio Gentile, nov.2020. 

História do Brasil colonial: Interpretações clássicas do Brasil – Gilberto Freyre e Caio Prado Júnior, com Thiago Krause, out. 2020.

Podcast do IEB: #19 Caio Prado Júnior abridor de caminhos, com Alexandre de Freitas Barbosa, maio 2020.

Podcast do IEB: #22 Caio Prado Júnior e as diretrizes para uma política econômica brasileira, com Alexandre de Freitas Barbosa, maio 2020.

Quem somos nós?: #227 Caio Prado Júnior e Celso Furtado, com Alexandre Saes, maio 2018.

Lançamento de História e desenvolvimento, com Leda Paulani e Antonio Carlos Mazzeo, TV Boitempo.

30 anos sem Caio Prado Júnior, com Luiz Bernardo Pericás, Antonio Carlos Mazzeo, Rodrigo Ricupero e Anderson Deo, Instituto Caio Prado Jr.

Marx e os marxismos no Brasil: o caso Caio Prado Jr., com Bernardo Ricupero e Bernardo Buarque, FGV.

Interpretações Clássicas do Brasil: Gilberto Freyre (1933) & Caio Prado Júnior (1942), Thiago Krause.

Caio Prado Júnior e Celso Furtado por Alexandre Saes, Quem Somos Nós?.

Caio Prado Júnior, com Fernando Novais, Instituto de Economia da Unicamp.

Caio Prado Júnior: debate com João Manuel Cardoso de Mello, Fernando Novais e Bernardo Ricupero, Instituto de Economia da Unicamp.

Luiz Bernardo Pericás fala sobre Caio Prado Jr. no Diálogos com Mario Sergio Conti, TV Boitempo.

Pensando com Caio Prado Jr., Realidade Brasileira.

Caio Prado Júnior no país dos sovietes“, por Guilherme Arruda, Outras Palavras, fev. 2023.

Obra de Caio Prado Júnior nasce da rebeldia moral“, por Florestan Fernandes Blog da Boitempo, nov. 2021.

A economia política do Brasil e seu mestre soberano“, por Leda Paulani, Jacobin Brasil, nov. 2021.

Marx na América: a práxis de Caio Prado e Mariátegui“, por Paulo Alves Júnior, A Terra é redonda, nov. 2021.

Caio Prado Jr. e Antonio Gramsci: uma relação inexistente?“, por Bernardo Ricupero, Revista Outubro, jul. 2016.

A trajetória política de Caio Prado Júnior“, por Bernardo Ricupero, Blog da Boitempo, abril 2016.

Caio Prado Júnior: uma biografia política“, por Leonardo Belinelli, Revista Diálogos, jun. 2018.

Heresias do marxismo brasileiro: a agonia de Caio Prado Júnior“, por Deni Alfaro Rubbo, Estudos Avançados, maio 2017.

Caio Prado Jr.: um intelectual entre a academia e a revolução“, por Paulo Henrique Pompermaier, Revista Cult, fev. 2017.

A edição de conteúdo deste guia é de Isabella Meucci e as artes são de Victoria Lobo.