Do partido às plataformas: notas para uma teoria do neofascismo contemporâneo
"O neofascismo de plataforma não deve ser entendido como um desvio passageiro, nem como uma simples atualização do fascismo clássico, mas como a forma política que emerge de uma reorganização profunda da infraestrutura capitalismo contemporâneo. Ele nasce da convergência entre a indústria cultural digital (e o modelo econômico das Big Techs que a reatualiza) e a crise atual da democracia, produzindo uma subjetividade moldada pela lógica algorítmica, uma sociabilidade administrada por plataformas e uma política fundada na regressão."
Convenção do partido nazista alemão em 1934, filmada por Leni Riefenstahl. Imagem: Bundesarchiv via Wikimedia Commons
Por Bruna Della Torre
Mentira de pernas longas
O poder magnético que as ideologias têm sobre os homens quando já se tornaram inteiramente cediças para eles vai além da psicologia, explica-se pela dissolução objetivamente determinada da evidência lógica como tal. Chegou-se a ponto de a mentira soar como verdade, e a verdade como mentira. Cada enunciado, cada notícia, cada ideia está formada de antemão pelos centros da indústria cultural. Tudo o que não é de pronto reconhecido pelo traço dessa pré-formação é desde logo desprovido de credibilidade […] Mentiras têm pernas longas: elas se antecipam ao tempo. A conversão de todas a questões de verdade em questões de poder, à qual não tem como se furtar a verdade mesma se não quiser ser aniquilada por este, não apenas a submete como nos despotismos antigos como se apoderou até o mais íntimo da disjunção do verdadeiro e do falso, que os mercenários da lógica de todo modo contribuem com afinco para eliminar. Assim sobrevive Hitler, do qual ninguém sabe dizer se morreu ou escapou.
— Theodor W. Adorno, Minima Moralia
Uma vez que o tema do presente congresso é “inteligência artificial, neofascismo e os desafios da formação”, e me parece impossível tratar das três coisas numa única fala de meia hora, vou me concentrar no termo do meio, “neofascismo”, e tentar mostrar como, de alguma forma, ele compreende os outros dois. Primeiro, porque o neofascismo dos nossos dias é incompreensível sem um conceito de indústria cultural, que hoje abarca também a tecnologia da inteligência artificial; o fascismo sempre esteve ligado a uma mudança estrutural das forças produtivas capitalistas. Segundo, porque os desafios da formação não podem ser pensados fora de seu contexto político e histórico.
Gostaria de começar retomando alguns elementos do diagnóstico frankfurtiano do fascismo que me parecem indispensáveis para pensar o presente. Parto da premissa, surpreendentemente nada óbvia no debate marxista hoje, de que o conceito de fascismo, assim como o de capitalismo, continua necessário para compreender a política atual, ainda que suas formas tenham mudado profundamente.
A Escola de Frankfurt investigou as consequências políticas e subjetivas do capitalismo monopolista após 1929, a correspondência entre concentração econômica e concentração de poder, e o sentimento de impotência produzido por essa estrutura. Ao mesmo tempo, buscou compreender as transformações da família, do Estado, do preconceito, da agitação de direita e, sobretudo, da propaganda – articulando tudo isso por meio de um conceito-chave: a indústria cultural, entendida como a cola que unifica economia, política e processos de subjetivação.
É justamente a partir desse conceito que proponho pensar sobre o que mudou desde o fascismo clássico até o que chamo de “neofascismo de plataforma”. A indústria cultural, em sua fase digital e algorítmica, passou a integrar três dimensões do conceito de organização — a política, a social e a econômica — e a produzir uma forma inédita de organização de direita, estruturada pelas redes sociais. Ela se torna hoje a principal forma de sociabilidade e subjetivação do mundo (mal) administrado, além de sustentar a nova configuração do capitalismo monopolista pós-2008. O objetivo desta fala é, portanto, indicar algumas dessas mutações a partir de comparações bem gerais com o fascismo clássico que farei no início de cada item. A ideia é lançar elementos para iniciar uma conversa e, a partir desses pontos, discutir uma fisionomia do fascismo contemporâneo.
Forma de organização
No modelo clássico do fascismo “histórico”, ao menos na Alemanha e na Itália, a organização das massas concentrava-se no partido enquanto forma total. Esta era a instância que coordenava a ideologia, o aparato repressivo, a mobilização de rua e das massas. No neofascismo de plataforma, essa função se desloca para a própria infraestrutura da indústria cultural digital. A organização deixa de ser principalmente uma estrutura jurídico-política para se tornar uma forma social encarnada nas plataformas — aplicativos, canais e redes de comunicação que articulam três dimensões ao mesmo tempo: a política (mobilização e direção), a social (sociabilidade, subjetivação, identidades, “comunidades” virtuais) e a econômica (o modelo de negócio das Big Techs). Ou seja, o primeiro aspecto digno de nota a respeito do neofascismo de plataforma é que as redes sociais (e, portanto, a forma da plataforma, isto é, a Big Tech) tornam-se o principal meio de organização da extrema direita, funcionando como uma espécie de partido. Ali, organiza-se a militância; líderes e seguidores são reunidos; campanhas são conduzidas; popularidades são perdidas, mantidas ou conquistadas. Assim como os governos, hoje, dependem da medição da “temperatura” dos mercados para tomar suas decisões, o mesmo se aplica às redes. A movimentação nesses espaços (que, vale lembrar, depende de uma forma determinada pelos algoritmos, que, por sua vez, mimetizam o modelo especulativo do capital financeiro e são PRIVADOS) orienta hoje as tomadas de decisão sobre assuntos que vão determinar a vida de grande parte da população. O que aparece como um ecossistema caótico de perfis, grupos, podcasts, influenciadores constitui, na prática, um partido de massas digital, capaz de conectar verticalmente o líder a milhões de seguidores e, ao mesmo tempo, conectar horizontalmente franjas antes isoladas da extrema direita. A organização ainda vertical, em grande medida, parece mais capilarizada, horizontal e espontânea, mas não menos intensa em seus efeitos.
No fascismo do século XX, a propaganda dependia da captura direta dos grandes meios — cartéis de imprensa, rádio estatal, cinema sob supervisão do regime — e funcionava, em larga medida, como uma transmissão vertical da palavra do líder à massa passiva. Na versão de plataforma, a propaganda se inscreve no próprio funcionamento técnico dos meios: os algoritmos de recomendação, as métricas de engajamento e os modelos de monetização privilegiam exatamente os conteúdos em que a extrema direita é especialista — conspiratórios, violentos, preconceituosos e discriminatórios. O velho “efeito manada” — a adesão massiva a movimentos e teorias — reaparece como racionalidade algorítmica: quanto mais um conteúdo circula, mais é tratado como relevante, visível e, por isso mesmo, percebido como verdadeiro. Memes, vídeos curtos, montagens e boatos condensam em imagens e slogans o que antes demandava longas campanhas, e podem modificar o clima eleitoral em poucas horas.
O rádio foi, no fascismo clássico, o grande meio de unificação afetiva e política, permitindo que a voz do líder chegasse simultaneamente a milhões; o cinema, por sua vez, oferecia imagens grandiosas da comunidade nacional-racial. Hoje, o smartphone cumpre um papel ainda mais radical: não é apenas um receptor, mas uma extensão do corpo e da mente, sempre ligado, sempre ao alcance, combinando comunicação, trabalho, entretenimento, consumo e vigilância. As redes associadas a esse aparelho formam um aparato de subjetivação total: tudo passa por elas — da conversa íntima à informação política, do trabalho ao lazer, do consumo ao ativismo. A mineração de dados produz um conhecimento assimétrico sobre comportamentos, afetos e vulnerabilidades, permitindo uma modulação fina da comunicação política. O aparato técnico é, ao mesmo tempo, meio de difusão, dispositivo de controle e base material de um novo tipo de poder.
Economia política e instituições
A base econômica do fascismo clássico era baseada, grosso modo, no entrelaçamento entre capital monopolista e Estado corporativo, com o regime atuando como garantidor político de blocos industriais e financeiros nacionais, de forte traço imperialista. Hoje, é impossível compreender o fascismo sem abordar a mais recente transformação do capitalismo: o modelo de plataforma, resultante da resposta à crise econômica de 2008. Políticas de afrouxamento monetário canalizaram enormes massas de capital para o setor tecnológico, criando mamutes transnacionais que controlam dados, infraestrutura logística, meios de pagamento, subjetivação e socialização, comunicação e entretenimento e, principalmente, trabalho. A política de solução da crise resultou em uma onda de monopolização que transformou a fisionomia do capitalismo contemporâneo. Essas empresas operam como novos rackets, compondo núcleos de poder privado que se colocam acima de qualquer regulação efetiva, impondo padrões de consumo, trabalho e sociabilidade em escala global. O neofascismo de plataforma inscreve-se nessa estrutura: não é apenas uma ideologia que circula “pelas” plataformas, mas também a forma política afinada com um capitalismo que concentra riqueza, informação e capacidade de vigilância (o que hoje se traduz também em poderio militar) e funciona por uma lógica financeira profundamente especulativa.
Se o fascismo clássico operava por meio da captura e centralização das instituições — submetendo sindicatos, escolas, igrejas e a mídia estatal —, o neofascismo de plataforma prospera, ao contrário, na deslegitimação e no esvaziamento dessas mediações. A extrema direita apresenta partidos, universidades, imprensa, tribunais, ONGs etc., como parte de uma grande conspiração “do sistema” ou da “Catedral” (para utilizar a expressão de Curtis Yarvin, o profeta da extrema direita estadunidense), contrapondo-lhes uma comunicação supostamente direta, autêntica, “sem filtro”: lives, vídeos, posts, grupos de WhatsApp. As plataformas escapam à regulação democrática efetiva, tornando-se um “acesso direto” ao corpo social, funcionando 24/7 como canais de agitação e mobilização. Em vez de tomar o Estado para dominar as instituições políticas civis, a estratégia do neofascismo contemporâneo consiste em tornar o Estado irrelevante diante de uma soberania digital, exercida diretamente pelos donos da infraestrutura das plataformas.
O Estado — como estamos vendo agora com os Estados Unidos — perde cada vez mais seu caráter contraditório (uma instituição que media e, ao mesmo tempo, acomoda a luta de classes) para se tornar apenas um instrumento do capital, isto é, do poder privado. Além disso, o domínio mundial do Silicon Valley é a face contemporânea do caráter imperialista da indústria cultural — um exemplo de como esse setor altamente monopolizado do capitalismo, ao mesmo tempo em que fortalece tecnologicamente e militarmente a soberania dos Estados Unidos, trabalha para minar a soberania de países adversários.
“Cultura”
No fascismo do entreguerras, cultura e arte eram subsumidas ao Estado: arquitetura monumental, cinema épico, rituais de massa, iconografia do líder (vale lembrar o cinema de Leni Riefenstahl). A cultura aparecia como extensão de um projeto nacional racista unificado. No neofascismo de plataforma, a cultura se apresenta como um fluxo incessante, fragmentário e aparentemente caótico de conteúdos digitais: memes, threads, vídeos, lives, “shorts”, “reels”, filmes e séries espalhados por plataformas que oferecem mais do mesmo. Nesses formatos, a política se converte em entretenimento de alta rotatividade, organizado por algoritmos que premiam o engajamento pela via da polêmica, da violência e do choque. Não há mais, necessariamente, uma estética coerente, mas sim um modo vinculado a ela. Todos os afetos — medo, insegurança, desejo, raiva, ansiedade etc. — são mobilizados de forma regressiva; não se trata, como defendem diversas interpretações correntes, apenas de ódio ou de ressentimento, mas de sua subsunção à lógica da plataforma. Vale lembrar aqui que, como mostrou a psicanálise, nenhum afeto é bom ou ruim por si só. A indústria cultural digital deixa de ser apenas infraestrutura e passa a ser o próprio ambiente no qual o neofascismo se normaliza, como se fosse mais um “conteúdo” entre muitos. A dificuldade da esquerda em pensar o modo e a função dessa cultura hoje está na raiz de vários problemas de organização que enfrentamos.
Liderança
Na primeira metade do século XX, o rádio e os comícios em massa criavam uma relação simultaneamente distante e onipresente entre líder e povo: a voz do Führer que invadia a casa, a figura monumental que dominava os desfiles. No contexto atual, o líder aparece como alguém que fala diretamente “do próprio celular”, sentado no sofá, no carro oficial, na casa de praia. A onipresença continua, mas revestida de informalidade: piadas, gírias, desabafos, improvisos. Essa intimidade fabricada — reforçada por mensagens diretas, comentários, reposts — produz uma sensação de ligação pessoal com o chefe político, como se cada seguidor fosse destinatário privilegiado da mensagem. A liderança se dá como mistura de celebridade, influencer e chefe de Estado, o que reforça a percepção de autenticidade e, ao mesmo tempo, desarma a crítica, pois o discurso mais violento pode sempre ser apresentado como “opinião pessoal”, algo dito na esfera privada. Não é fortuito que Bolsonaro e muitos dos que estavam presentes nas discussões sobre o golpe defendam que tudo se tratava apenas de “uma conversa de bar”. A plataforma destrói o privado, mas apenas para reafirmá-lo como esfera de uma liberdade sem limites.
Os inimigos
O fascismo sempre foi uma forma de governo cuja principal tecnologia é a “desorientação”; no bojo de grandes crises econômicas, o fascismo sempre foi um movimento restaurador, de solidificação das diferenças de classe. Por isso, a escolha de bodes espiatórios é uma de suas principais tecnologias de governo. Sempre foi preciso desviar o sofrimento social produzido pelo capitalismo de sua origem econômica. Ou seja, associando as insatisfações de fundo econômico a problemas raciais, geográficos, religiosos etc.
Sob a forma de plataforma, essa operação se torna muito mais simples e, com inteligência artificial, ainda mais eficaz. Em primeiro lugar, porque os vídeos e fotos que visam estabelecer como inimigos feministas, comunistas, imigrantes, terroristas, pessoas racializadas etc. ficam cada vez mais “realistas”; embora me pareça que o cerne dessa questão tem menos a ver com um desejo pelo realismo, e mais com a função desempenhada por essa propaganda. Em segundo lugar — aliás, mais importante —, porque, com a onipresença das redes na vida das pessoas, a capilaridade dessa propaganda (e sua indistinção do entretenimento) torna-se ainda maior. A insatisfação com o aumento do desemprego nos países do centro do capitalismo, por exemplo, tem sido direcionada por essa propaganda contra os imigrantes. Isto é, transformada não só numa questão de xenofobia, mas também numa questão racial. E o ódio racial dá um lugar — deslocado — a uma insatisfação cuja origem é econômica (no sentido amplo do termo).
Considerações finais
E, por fim, se há algo que este percurso tenta esclarecer, é que o neofascismo de plataforma não deve ser entendido como um desvio passageiro, nem como uma simples atualização do fascismo clássico, mas como a forma política que emerge de uma reorganização profunda da infraestrutura capitalismo contemporâneo. Ele nasce da convergência entre a indústria cultural digital (e o modelo econômico das Big Techs que a reatualiza) e a crise atual da democracia, produzindo uma subjetividade moldada pela lógica algorítmica, uma sociabilidade administrada por plataformas e uma política fundada na regressão. A tarefa crítica, portanto, não é apenas identificar seus sintomas, mas compreender o terreno material que o torna possível. Os desafios da formação hoje passam precisamente por recuperar a capacidade de análise e imaginação política diante dessa fusão entre tecnologia, economia e dominação e, mais urgentemente, por reconstruir formas de organização e pensamento capazes de romper com a naturalização desse novo senso comum digital. Se a mentira tem pernas longas, como escreveu Adorno no aforismo que serve de epígrafe a esta fala, cabe à crítica criar as condições para que a verdade volte a ter rotas de fuga.
* Fala apresentada na mesa “Teoria Crítica e Filosofia”, do XII Congresso Internacional de Teoria Crítica “Inteligência Artificial, Neofascismo e os desafios da formação”.
Confira a chamada de artigos para o dossiê “Falar com becos sem saída”: Utopia, Catástrofe e Teoria Crítica, editado por Bruna Della Torre e Nicholas Brown a convite da Constelaciones. Revista de Teoría Crítica, nº 18 (2026). Os textos (escritos em inglês, espanhol ou português) devem ser submetidos até 30 de abril de 2026. Mais informações sobre as normas de submissão no link abaixo:
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Bruna Della Torre é pesquisadora de pós-doutorado no Centro Käte Hamburger de Estudos Apocalípticos e Pós-apocalípticos da Universidade de Heidelberg, onde também edita a revista Apocalyptica. Integra o comitê editorial da revista Crítica Marxista e o conselho científico de Constelaciones: Revista de Teoría Crítica (Madrid). Em 2023, foi Horkheimer Fellow no Instituto de Pesquisa Social em Frankfurt (Otto Brenner Stiftung). Realizou pós-doutorado no Departamento de Teoria Literária e Literatura Comparada da USP sob a supervisão de Jorge de Almeida (2018-2021), com estágio de pesquisa na Universidade Humboldt (anfitriã: Rahel Jaeggi) e no Departamento de Sociologia da Unicamp sob supervisão de Marcelo Ridenti (Fapesp). Doutora em Sociologia (bolsista Capes), mestra em Antropologia Social sob a orientação de Lilia Katri Moritz Schwarcz (bolsista Fapesp) e bacharel em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo. Durante o doutorado, realizou estágio de pesquisa na Universidade Goethe, em Frankfurt e no Departamento de Literatura da Universidade de Duke (anfitrião: Fredric Jameson), com bolsa da Capes. Tem experiência de pesquisa em e organização de arquivos. Com bolsa do DAAD, conduziu pesquisa no Arquivo Walter Benjamin/Theodor W. Adorno da Akademie der Künste, em Berlim, em 2014 e em 2019 e no arquivo de Oswald de Andrade (CEDAE/Unicamp) em 2011 com bolsa Fapesp. Em 2024, fez parte do projeto da International Herbert Marcuse Society de organização dos arquivos de Douglas Kellner, abrigado pela Universidade de Columbia. Foi, entre 2017 e 2018 e em 2021, professora visitante na UNB. É autora do livro Vanguarda do atraso ou atraso da vanguarda? Oswald de Andrade e os teimosos destinos do Brasil. É membra da coletiva “marxismo feminista“.
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