Giovanni Alves comenta sobre os últimos anos do neoliberalismo no Brasil e a catástrofe no mundo do trabalho, agravada ainda mais profundamente em razão das consequências do novo coronavírus. [...]
Ricardo Antunes / "Não há celulares, computadores, satélites, algoritmos, big data, internet das coisas, Indústria 4.0, 5G, ou seja, nada do chamado "mundo virtual e digital" que não dependa do labor que começa nos subterrâneos. Se o trabalho virtual não cessa de se expandir, é bom não esquecer que nenhum smartphone ou tablet pode sequer existir sem a interação com as atividades humanas, inclusive aquela que nos remete às cavernas: a extração mineral." [...]
Ludmila Costhek Abílio / "Algoritmos não são neutros. O gerenciamento algorítmico é a possibilidade de traduzir modos de vida, relações sociais, trajetórias e desigualdades em dados administráveis que produzirão e reproduzirão desigualdades e mecanismos de exploração do trabalho." [...]
A edição do livro "Coronavírus: o trabalho sob fogo cruzado", de Ricardo Antunes, lança um olhar lúcido e realista sobre a tragédia dos e das trabalhadoras antes, durante e depois da pandemia da covid-19. [...]
Por Jorge Luiz Souto Maior / "Se, conforme explicam os dicionários, pandemia é uma 'enfermidade epidêmica amplamente disseminada' e pandemônio uma 'associação de pessoas para praticar o mal', não há outra forma de se referir à Covid-19, doença provocada pelo vírus Sars-Cov-2, e ao modo como o governo brasileiro propõe tratar o problema na esfera trabalhista." [...]
Sofia Manzano / "A construção da ideia de mercado de trabalho no Brasil ainda se afirma como um instrumento de classe da ordem do capital que tergiversa sobre a exata definição da classe trabalhadora brasileira." [...]
Graça Druck / "Os textos do livro "Riqueza e miséria do trabalho no Brasil IV" desvendam como se reproduz em diversos segmentos de trabalhadores e regiões do mundo a acumulação flexível amplificada na última década em razão das tecnologias de informação (“indústria 4.0”), sob a hegemonia das finanças e combinada com a radicalização das políticas neoliberais." [...]
Por Jorge Luiz Souto Maior / "Não se trata de qualquer tipo de integração dos trabalhadores à empresa, mas do ato de tirar proveito da fragilidade dos empregados para que estes reproduzam os interesses que são próprios do patrão, ainda mais quando se lembra da precariedade jurídica em que os trabalhadores se encontram nessa relação, sobretudo diante do advento da denominada “reforma” trabalhista, que foi, aliás, aprovada com o enorme apoio desses mesmos empregadores." [...]
Michael Löwy escreve sobre o novo livro de Ricardo Antunes, " O privilégio da servidão: o novo proletariado de serviços na era digital" (Boitempo, 2018). [...]
Por Giovanni Alves / "O aprofundamento da fragmentação do mundo do trabalho levado a cabo pela terceirização e reforma trabalhista apontam para uma Quinta República – caso tenhamos eleições democráticas em 2018 – com “pés de barros”, devido os conflitos sociais que devem abalar a institucionalidade caduca do capital. Incapaz de constituir-se como sujeito histórico devido suas misérias corporativo-burocráticas ou sectário-politica, o proletariado brasileiro torna-se refém hegemonicamente da burguesia brasileira lumpenizada, rentista e alienada dos interesses civilizatórios." [...]