Por Mauro Iasi / "Ouvi dizer que anda triste. É compreensível, os tempos andam bicudos. A única coisa que gostaria de dizer é: não fiquem sozinhos. Atravessar a tristeza é difícil. Sozinho é impossível." [...]
Slavoj Žižek / "O jogo ridículo da Europa culpando o Brasil e o Brasil culpando a Europa precisa parar. A gravidade da ameaça ecológica deixa claro a urgência de uma forte agência global com o poder de coordenar as medidas necessárias. Será que a exigência por uma ação desse tipo não aponta na direção daquilo que certa vez chamamos de Comunismo?" [...]
Por Carlos Eduardo Martins / "As atitudes de Bolsonaro não devem ser vistas como improvisadas e impensadas: representam uma cruzada ideológica para impor um governo forte e repressivo internamente, mas fraco e servil no plano internacional." [...]
Por Mauro Iasi / "A pergunta essencial hoje é: o que queremos? Nossa ambição é voltar a governar ou transformar os fundamentos econômico-sociais da ordem capitalista e construir as bases para um Estado dos trabalhadores do campo e das cidades?" [...]
Pesquisa de campo indica que os manifestantes de domingo se mostram mais lavajatistas do que propriamente bolsonaristas, e que a pauta da lei de abuso de autoridade tem o poder de deslocar parte do apoio da base do presidente para outros atores ou instituições. [...]
Marília Moschkovich / "Entre os efeitos do Future-se, um tem passado quase despercebido: se o modelo proposto vingar, passaremos de um contexto de desigualdade de gênero um tanto atenuada na carreira acadêmica para um cenário em que essa desigualdade tenderá a se acirrar, dificultando ainda mais a trajetória das mulheres." [...]
Por Carlos Eduardo Martins / "Bolsonaro e seus adeptos representam a aposta em um Estado totalitário, os golpistas de 2016 apostam em um fascismo cirúrgico e de menor intensidade. Diante do isolamento provisório das esquerdas na sociedade, é extremamente importante tomarmos em consideração esta conjuntura." [...]
Por Carlos Eduardo Rebuá / "Há projeto a partir da desagregação? Por que ainda temos tanta polidez no uso do conceito de fascismo, quase sempre prenhe de prenomes latinos, aspas e constrangimentos os mais diversos?" [...]
Por Felipe Catalani / "Enquanto insistirmos na ideia de “golpes contra a democracia” continuaremos a bater com a cabeça na parede. Pois isso que estamos chamando de fascismo (no Brasil e no mundo) é, em certa medida, 'democrático', tanto no sentido de que tais regimes foram eleitos por maiorias, quanto no sentido de relativa preservação da normalidade institucional." [...]