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“O que é identitarismo?”, um ano depois

19/12/2025 // 1 comentário

Douglas Barros: "Se antes o identitarismo era visto como um ato conscientemente escolhido, com os debates travados ao longo de um ano o termo passou a ser compreendido como o resultado de uma transformação radical da vida social no capitalismo hipertardio. Se antes era imediatamente lançado na conta dos movimentos sociais, passou a ser entendido como um sequestro de pautas legítimas e seu adestramento à lógica do mercado." [...]

Asad Haider oxigenou um debate dominado pelo identitarismo

09/12/2025 // 1 comentário

Douglas Barros escreve sobre falecimento precoce de Asad Haider e seu legado: "Baseada em uma narrativa fragmentada e em um subjetivismo atravessado pelo relato individual, a armadilha da identidade é a instauração de uma visão governada por fronteiras imaginadas que o próprio mundo objetivo, organizado pela exclusão, pela desigualdade e pela violência, produziu. Aí reside todo o perigo." [...]

A paz (que nunca houve) acabou  

06/11/2025 // 1 comentário

Douglas Barros: "Apesar da aparente mesmice, trata-se, afinal, de um novo regime de violência: uma redefinição do jogo traduzida na aceitação, por parte do progressismo, dos limites redefinidos pela extrema direita. Aceitou-se a gramática da guerra. Mal os corpos eram expostos pelos familiares, Lula sancionava o projeto de lei de autoria de Sergio Moro." [...]

Diário de um intelectual de Terceiro Mundo: a Revolta do Contestado

24/07/2025 // 1 comentário

Douglas Barros viaja ao interior do Paraná para uma conferência e descobre as marcas da maior guerra civil camponesa do Brasil: "Não podemos esquecer que as cidades modernas, construídas como suporte da mercadoria, foram projetadas também como lugares de esquecimento (...). À medida que a estrada era atravessada, mais se desnudava para mim uma realidade histórica invisibilizada pelas mesmas elites de sempre." [...]

Luis Felipe Miguel e a seletividade penal 

25/06/2025 // 2 comentários

Douglas Barros debate com artigo recente de Luis Felipe Miguel: "No seu discurso, as facções são quase objetos etéreos: o domínio de um território é quase uma contingência não delimitada pela história nem sequer pela forte relação simbiótica que as facções têm com o Estado. E, portanto, é como se a reprodução cultural pudesse escapar do seu lugar de produção." [...]

Nem afropessimismo, nem decolonialismo! 

07/05/2025 // 1 comentário

Douglas Barros: "Kevin Ochieng Okoth, em 'África vermelha', resolve torcer o parafuso da questão: o neoliberalismo não é apenas uma racionalidade que impõe a semântica dos movimentos sociais sequestrando a identidade racial, como também é uma prática política que organizou um novo mecanismo imperialista." [...]

Anitta é Larissa: a verdade segue sendo um momento do falso

09/04/2025 // 1 comentário

Douglas Barros comenta o documentário "Larissa: o outro lado de Anitta": "Freud e Lacan pensam o duplo que nos habita como forma inconsciente de se relacionar com o mundo. Apesar de sermos divididos entre o sujeito do inconsciente e do consciente, essa duplicidade não se relaciona imediatamente com o ego conscientemente articulado. Exatamente, por isso, toda tentativa de consolidação de um duplo de maneira consciente fracassa." [...]

Por uma filosofia radicalmente antifascista

13/03/2025 // 1 comentário

Douglas Barros: "É curioso como entender o identitarismo atual nos ajuda também a compreender como a filosofia deixou de ter um papel perigoso para se somar às forças de contenção pela ordem. Mas como se produziu o identitarismo?" [...]

Sai do fake, Naomi Klein!

15/02/2025 // 1 comentário

Como alguém que já admiramos pode de repente se tornar um fascista? Douglas Barros desdobra essa e outras reflexões de "Doppelgänger", mais recente livro de Naomi Klein. [...]

A regra é: você tem que gozar, mas…

14/01/2025 // 1 comentário

Douglas Barros: "Na mega aceleração do fluxo das mercadorias, o tempo do indivíduo é colonizado na sua integralidade. Seja com a conexão do trabalho, seja com o lazer conectado, o engajamento na dominação de si promove uma (de)formação ligada aos pressupostos da ampla privatização do espaço público e publicização da vida privada, reunidas sob o pressuposto tirânico da satisfação." [...]