cinema

Um país à deriva: comentários sobre “O último azul” de Gabriel Mascaro

18/09/2025 // 1 comentário

Diogo Dias: "Gabriel Mascaro, diretor de O último azul (2025), filme vencedor do Urso de Prata no Festival de Berlim, parece ter encontrado no âmbito da mistificação um tema que lhe permite criar universos visuais que, ao mesmo tempo, satirizam e alertam sobre as possíveis consequências de uma vida em que a racionalidade aparenta já não ter mais nada a oferecer." [...]

O cinema impuro de Ruy Guerra

22/08/2025 // 1 comentário

No aniversário de Ruy Guerra, Diogo Dias escreve sobre o trabalho do diretor: "É de uma concepção impura, aberta, receptiva e criativa que seu cinema tem se constituído ao longo de mais de seis décadas de produção. Tanto é verdade que somente rótulo de cineasta não lhe basta; também se destaca como compositor, dramaturgo, ator e escritor." [...]

Você aceita um band-aid, melhor mãe do mundo?

14/08/2025 // 1 comentário

Matheus Cosmo escreve sobre "A melhor mãe do mundo", novo longa de Anna Muylaert: "Brilhantemente interpretada por Shirley Cruz, Gal é mãe de duas crianças e vítima das agressões do ex-marido — um homem a quem, no ápice de sua força e coragem, a mulher se refere como 'coitado', abdicando discursivamente do posto mais fraco desta batalha." [...]

Nem todo homem, mas… no “Oeste outra vez”

03/04/2025 // 1 comentário

Diogo Dias escreve sobre "Oeste outra vez", de Erico Rassi: "Há a vida crua, representada pelas casas sem reboco, sem cuidado, sem limpeza; pelos automóveis caindo aos pedaços; pelo tempo livre inteiramente ocupado pelo álcool; pela sensibilidade reprimida, que encontra na embriaguez e nas letras do brega de Nelson Ned e Benedito Seviero — que inclusive compõem a trilha sonora — um caminho estreito de sublimação do sofrimento. Sofrimento que aqueles homens parecem incapazes de elaborar." [...]

Ainda estamos perguntando: onde estão?

14/11/2024 // 2 comentários

Edson Teles comenta "Ainda estou aqui": "A história que nos é apresentada no filme trás para um público mais amplo que a bolha da esquerda ao menos dois elementos chaves para a compreensão da ditadura: o impacto de conviver com um desaparecimento forçado e a luta de familiares de mortos e desaparecidos por memória, verdade e justiça. Esses dois 'problemas' se constituem como as pedras no sapato de uma democracia vacilante e refém de estruturas hierárquicas, classistas, racistas e patriarcais." [...]