Guia de leitura | Os líderes e as massas | ADC#27

Os líderes e as massas: escritos de 1921 a 1926
Antonio Gramsci
Guia de leitura / Armas da crítica #27
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Enquanto for necessário um Estado, enquanto for historicamente necessário governar os homens, qualquer que seja a classe dominante, surgirá o problema de haver líderes, de haver um “chefe”.
Tal afirmação de Antonio Gramsci traz a essência do que será debatido por ele em Os líderes e as massas: escritos de 1921 a 1926, nova obra da coleção Escritos Gramscianos. O volume “sucede à publicação de Homens ou máquinas? e dá continuidade ao trabalho nele encaminhado sobre a democracia dos conselhos, a nova ordem em que deveria expressar-se a vontade transformadora das grandes massas populares, enraizando o processo revolucionário no seio da realidade produtiva”, explica Gianni Fresu na apresentação.
Com 34 textos redigidos pelo marxista sardo – dos quais 29 publicados pela primeira vez no Brasil –, Os líderes e as massas apresenta reflexões importantes de Gramsci acerca da natureza das relações entre trabalhadores, líderes e partido, assim como das hierarquias estabelecidas e dos caminhos para a emancipação popular.
autor Antonio Gramsci
tradução Carlos Nelson Coutinho e Rita Coitinho
seleção dos textos e apresentação Gianni Fresu
notas da edição e orelha Luciana Aliaga
edição Thais Rimkus
coordenação de produção Livia Campos
diagramação Antonio Kehl
capa Maikon Nery
páginas 97


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Quem foi Antonio Gramsci?
Antonio Gramsci, teórico e ativista político marxista, nasceu na Sardenha, Itália, em 22 de janeiro de 1891. Estudou na Universidade de Turim e em 1913 se filiou ao Partido Socialista Italiano.
Foi um dos fundadores do semanário L’Ordine Nuovo, porta voz dos Conselhos de Fábrica de Turim, em 1919-1920. Em 1921, participou da fundação do Partido Comunista da Itália. No ano seguinte, viajou à Rússia e participou do IV Congresso da Internacional Comunista. Foi eleito deputado em 1924, tornando-se um dos principais dirigentes do partido.
Foi preso em novembro de 1926 e em seguida condenado pelo Tribunal de exceção do regime fascista. Permaneceu preso até abril 1937 e morreu poucos dias depois de ser colocado em liberdade vigiada. Enquanto preso, redigiu vasta quantidade de anotações em 33 cadernos, que vieram a conformar uma obra extraordinária de filosofia e interpretação em interlocução crítica com os mais diferentes autores.
“A classe operária, portanto, só tem um caminho: lutar até a vitória, se quiser salvar a si mesma e a toda a humanidade da ruína do aparato geral de produção.”
ANTONIO GRAMSCI


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A coleção Escritos Gramscianos
Os líderes e as massas é o terceiro título lançado pela coleção Escritos Gramscianos, que se propõe a reunir, abarcando diversos assuntos, textos desse originalíssimo pensador marxista. O primeiro lançamento foi Odeio os indiferentes, que contém artigos escritos em 1917, e o segundo, Homens ou máquinas?, traz os textos produzidos entre 1916 e 1920. Nosso objetivo é divulgar, com o devido cuidado editorial, uma voz que as forças retrógradas tentaram calar muito cedo e que, no entanto, repercute através dos tempos e tem muito a dizer para atuais e futuras gerações.
O conselho editorial da coleção Escritos gramscianos é composto por Alvaro Bianchi, Daniela Mussi, Gianni Fresu, Guido Liguori, Marcos Del Roio e Virgínia Fontes
“A natureza dualista das relações entre líderes e massas é um tema central na elaboração teórica de Gramsci por diversas razões, sobretudo porque, internamente a essa contradição, encontram-se tanto as origens como a força persuasiva das relações de exploração e domínio características da sociedade burguesa.”
GIANNI FRESU


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Sobre a construção de lideranças e a emancipação
No artigo escrito por ocasião da morte de Lênin em 1924 , Gramsci se faz algumas perguntas sobre as relações necessárias entre o partido e as massas no processo de objetivação institucional da nova ordem. Cada Estado é uma ditadura e, enquanto houver a necessidade de Estado, surgirá o problema de direção, do “líder”. No entanto, no contexto da transição para o socialismo, o problema essencial não é a existência ou não de um “líder”, mas a natureza das relações entre ele e as massas. Em outras palavras, se vigoram relações puramente hierárquicas e militares ou, ao contrário, relações de caráter orgânico. Para que o “líder” e o partido não sejam uma excrescência, uma sobreposição não natural e violenta no corpo das massas, ambos devem primeiro fazer parte da classe, ou pelo menos representar seus interesses e aspirações mais vitais […]
Num contexto marcado pela crise econômica, com crescimento do desemprego e da inflação, além do aumento do nível de exploração e do agravamento das condições de vida e trabalho das massas populares, Gramsci acreditava ser essencial construir um bloco social articulado para a emancipação, dentro do qual a classe trabalhadora teria de desempenhar um papel hegemônico. Nesse sentido, a principal tarefa que ele identificou para as forças revolucionárias foi dar conteúdo político geral às lutas econômicas, superando a dimensão corporativa das disputas que impediram a unificação das demandas de trabalhadores, camponeses, pastores, funcionários, soldados, marinheiros.
Gianni Fresu
Professor de filosofia política na Universidade Federal de Uberlândia e presidente da International Gramsci Society Brasil. É autor da biografia intelectual Antonio Gramsci, o homem filósofo (Boitempo, 2020).
“Gramsci nunca se considerou um chefe. Era próximo da classe trabalhadora! Sempre afirmou aprender com os operários, não ter algo a lhes ensinar. […] Acredito que Gramsci soube aplicar o marxismo à contingência da época justamente por causa desse vínculo com a classe trabalhadora; vínculo pessoal e mais geral, político.”
TERESA NOCE


Filosofia traduzida em práxis política
Ao enfatizar a atenção e o cuidado especiais que devem ser dados aos textos de Gramsci, deve-se também alertar para o perigo que espreita, ou seja, o de transformar o legado de Gramsci em uma memória literária que induza à gratificação reverencial ou em um códice próprio para a gratificação dos estudiosos da Antiguidade. É claro que nada tornaria os escritos de Gramsci mais inúteis e irrelevantes que sua apoteose como momentos de um intelecto atemporal.
Para que o legado de Gramsci seja preservado de alguma forma útil, seus curadores, intérpretes e leitores devem garantir que os escritos não sejam remetidos ao museu da história das ideias onde eles existiriam para agradar ao epicurismo contemplativo de guardiões de arquivos e aos admiradores acadêmicos destacados. No museu das obras-primas e das ideias, os livros de Gramsci se tornarão tão estéreis quanto a urna funerária que contém suas cinzas.
Joseph. A. Buttigieg
Professor e pesquisador no campo literário. Foi membro fundador e presidente da International Gramsci Society.
“A universalidade de Gramsci, portanto, expressa-se antes de mais nada no fato de que sua problemática teórica serve como ponto de partida necessário para as principais e mais significativas tentativas contemporâneas de renovação da teoria política marxista.”
CARLOS NELSON COUTINHO


As lições da história
Em 1932, depois de seis anos sob o cárcere fascista, Antonio Gramsci definiu sinteticamente a filosofia da práxis, isto é, o materialismo ativo e renovado, como uma “filosofia de massas”, que seria formada no seio da luta e só poderia ser concebida “de forma polêmica” […] os artigos que encontramos nesta edição dos escritos de Gramsci de 1921 a 1926, Os líderes e as massas, revelam as entranhas das lutas do movimento operário em diferentes frontes: externamente, no enfrentamento e na resistência contra o poder esmagador do capital, investido da violência fascista nos anos posteriores à guerra até o cárcere.
Internamente, no combate, por um lado, às lideranças revisionistas e oportunistas, cujo intuito maior consistia em “administrar” o conflito e de certa forma alimentar-se dele e, por outro lado, ao extremismo esquerdista, cujo comportamento disruptivo ameaçava a própria existência do movimento operário organizado. Nessas diferentes trincheiras, a posição de Gramsci esteve sempre fincada ao lado dos operários e dos camponeses […]
Nesse sentido, temos em mãos um material fundamental não apenas para investigar mais a fundo o pensamento político de Gramsci, como para conhecer as lições que a história certamente ensina, “mas apenas os prudentes reconhecem”, já disse o mestre Maquiavel.
Luciana Aliaga
Professora do departamento de Ciências Sociais e do Programa de Pós-graduação em Ciência Política e Relações Internacionais (PPGCPRI) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e secretária da International Gramsci Society Brasil (IGS-BR).
“Para os comunistas, definir o problema do controle significa definir o maior problema do atual período histórico, significa definir o problema do poder operário sobre os meios de produção e, por conseguinte, o problema da conquista do Estado.”
ANTONIO GRAMSCI


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Controle operário
Com a luta pelo controle – luta que não se trava no Parlamento, que é luta revolucionária de massas e atividade de propaganda e organização do partido histórico da classe operária, o Partido Comunista – a classe operária deve adquirir, nos planos espiritual e organizativo, consciência de sua autonomia e de sua personalidade histórica. É por isso que a primeira fase da luta se apresentará como luta por determinada forma de organização.
Essa forma de organização só pode ser o conselho de fábrica e a organização, nacionalmente centralizada, do conselho de fábrica. Essa luta deve ter como resultado a constituição de um conselho nacional da classe operária, que será eleito – em todos os níveis, do conselho de fábrica ao conselho urbano e ao conselho nacional – mediante sistemas e procedimentos estabelecidos pela própria classe operária, não pelo Parlamento nacional, não pelo poder burguês.
Essa luta deve ser encaminhada no sentido de demonstrar às grandes massas da população que todos os problemas existenciais do atual período histórico, os problemas do pão, do teto, da luz, do vestuário, só podem ser resolvidos quando todo o poder econômico – e, portanto, todo o poder político – tiver sido transferido para a classe operária.
[OS LÍDERES E AS MASSAS, p.53-54]
“A ‘crise‘ atual desaguará na morte ou na renovação do capitalismo? Do ponto de vista burguês, é uma crise ou uma catástrofe? Como devem comportar-se os proletários diante disso? Devem apenas resistir, a resistência pura e simples, podendo tornar-se também recuo, ou devem lutar, passar à ofensiva, conquistar o poder político, impedir assim que a ruína atual se torne mais grave e profunda?”
ANTONIO GRAMSCI


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O oportunismo confederativo
Os comunistas têm uma concepção própria acerca do atual período histórico, concepção baseada em sua crítica profunda e minuciosa do sistema econômico burguês. A essa concepção os oportunistas não opõem nada de substancial e concreto; na verdade, dizem que a reconhecem como real e, com base nesse reconhecimento genérico, fundam sua pretensão de serem recebidos como parte da Internacional Comunista.
O que defende a Internacional Comunista? Que o período atual é singularmente revolucionário, no sentido de que o regime é incapaz de satisfazer as exigências vitais das grandes massas trabalhadoras e o proletariado é premido pela necessidade de sua própria conservação a tomar em suas mãos o poder político. Essa necessidade está além do arbítrio de indivíduos e grupos políticos: ela leva à criação de uma situação instável, obscura, na qual as previsões de tempo e espaço tornam-se impossíveis.
A sabedoria política aconselha aos partidos proletários que estejam prontos e dispostos a todo instante, porque a qualquer momento, dada a situação caótica e cheia de imprevistos, pode haver rupturas insanáveis na sociedade burguesa e, mesmo contra nossa vontade, podemos passar da revolução potencial à revolução em ação, à luta decisiva.
[OS LÍDERES E AS MASSAS, p.79-80]
“A união faz a força, já se disse, com razão. Para ser forte, é preciso ter disciplina, reconhecer a autoridade dos chefes, são necessários líderes que supervisionem a situação, que prevejam e provenham, que concentrem os membros dispersos do proletariado, que elaborem os planos gerais, que lancem as palavras de ordem válidas para toda a comunidade operária.”
ANTONIO GRAMSCI


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Prosseguir na luta
A crise que a guerra deixou como herança em todo o mundo não pode servir de justificativa para a atitude patronal. A guerra foi tudo o que foi, mas não o fruto de uma ação da classe trabalhadora. O regime que produziu a guerra é o mesmo que agora cria desemprego e miséria em todo o planeta. Todos os delitos, todos os sofrimentos, todas as privações inauditas que esse regime baseado na propriedade privada traz devem pesar somente sobre o povo trabalhador? A classe rica, a classe patronal deve sempre poder causar fome à classe operária e camponesa para que seus lucros sejam salvos, para que sua propriedade não sofra mutilações, limitações ou prejuízos de qualquer sorte? […]
É verdade que o mundo da produção vive um desequilíbrio indescritível: é verdade que as indústrias estão em apuros, que os patrões correm um grande risco empregando seu capital agora; mas, repetimos, o que isso significa, senão a falência, o fracasso do atual sistema de produção? Os trabalhadores e os camponeses querem tomar consciência da crise e resolvê-la, mas não para colocar de pé o capitalismo, que os reduz à fome e os oprime com seu aparato de exploração. Os operários e os camponeses devem lutar por sua libertação.
[OS LÍDERES E AS MASSAS, p.83-84]
“Capitalismo significa hoje desorganização, ruína, desordem permanente. Não existe outra saída para a força produtiva senão a organização autônoma da classe operária, seja no domínio na indústria, seja no do Estado.”
ANTONIO GRAMSCI


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Gestão capitalista e gestão operária
Vejam os números, ilustres senhores, peçam aos industriais que publiquem os dados de produção que se referem a esses períodos, característicos da atividade industrial dos metalúrgicos de Turim: 1) da greve de abril de 1920 à ocupação das fábricas; 2) ocupações das fábricas; 3) das ocupações das fábricas ao fechamento de abril de 1921; 4) da reabertura, com a demissão dos conselhos de fábrica e grupos comunistas, ao circuito de Bréscia.
No período de ocupação e gestão operária direta, embora a maioria dos técnicos e dos administradores tivesse abandonado o trabalho e parte significativa do efetivo operário tenha sido realocada para substituir os desertores e cumprir funções de vigilância e defesa militar, ainda assim o nível da produção foi mais elevado que no período anterior, marcado pela reação capitalista após a greve de abril de 1920.
No período que sucedeu à ocupação – no qual o controle operário e o poder dos conselhos de fábrica alcançaram máxima eficiência –, a produção da Fiat foi tal, em qualidade e quantidade, que superou em muito a produção do período da guerra: de 48 carros diários saltou para 70 carros diários.
[OS LÍDERES E AS MASSAS, p.88-89]
“Não se luta sem um programa preciso e sem uma tática adequada ao programa proposto como objetivo da luta. Não se convidam as grandes massas populares a lutar sem um plano preciso para sua organização permanente, para o aproveitamento máximo das energias assim desencadeadas.”
ANTONIO GRAMSCI


Leituras complementares
Baixe os conteúdos complementares do mês em PDF!
Este mês trazemos uma seleção de três textos de apoio: um artigo de Homens ou máquinas?, um trecho da biografia de Antonio Gramsci escrita por Gianni Fresu e um capítulo de De Rousseau a Gramsci, de Carlos Nelson Coutinho.
Clique nos botões vermelhos abaixo para fazer o download!
Antonio Gramsci
O dever de sermos fortes
Gianni Fresu
Lênin e a atualidade da revolução
Carlos Nelson Coutinho
O conceito de política nos Cadernos do cárcere

Vídeos
Este mês trazemos o lançamento antecipado de Os líderes e as massas, com Gianni Fresu, Daniela Mussi e Rita Coitinho, além um vídeo com Guido Liguori sobre como entender a obra de Gramsci e uma aula sobre o marxismo do autor da caixa do mês, com Daniela Mussi.

Para aprofundar…
Uma compilação de textos, podcasts e vídeos que dialogam com a obra do mês.

Odeio os indiferentes: escritos de 1917, de Antonio Gramsci
Homens ou máquinas? escritos de 1916 a 1920, de Antonio Gramsci
Antonio Gramsci, o homem filósofo: uma biografia intelectual, de Gianni Fresu
O rato e a montanha, de Antonio Gramsci
Dicionário gramsciano (1926-1937), organização de Guido Liguori e Pasquale Voza
Os prismas de Gramsci: a fórmula política da frente única (1919-1926), de Marcos Del Roio
De Rousseau a Gramsci: ensaios de teoria política, de Carlos Nelson Coutinho
As armas da crítica: antologia do pensamento de esquerda, de Karl Marx, Leon Trótski, Rosa Luxemburgo, Antonio Gramsci, entre outros

Salvo Melhor Juizo: #98 Antonio Gramsci, com Daniela Mussi e Moisés Alves Soares, set. 2020.
Jones Manoel: Antonio Gramsci: política e questão nacional, com Jones Manoel, out. 2020.
Em Movimento: #26 Quem foi Antonio Gramsci?, com Daniela Mussi, nov. 2021.
Estação literária: O rato e a montanha – Antonio Gramsci, com Fabio Gentile, nov. 2020.
Rádio Carta Maior: Gramsci e a mãe de todas as crises políticas: a crise de hegemonia, com Alvaro Bianchi.
Ontocast: #64 – Classe e partido em Gramsci, com Hian Sousa e Gabriel Carvalho, jun.2022.

Série “Dicionário gramsciano”, TV Boitempo, 2020.
Quem tem medo de Gramsci?, com Virgínia Fontes, TV Boitempo, 2021.
Antonio Gramsci, o homem filósofo, com Gianni Fresu e Marcos Del Roio, TV Boitempo, 2020.
Quem foi o pensador marxista Antonio Gramsci e como ele refletiu sobre o fascismo?, com Daniela Mussi, Rede TVT, 2020.
Por um Gramsci revolucionário, com Ruy Braga, TV Boitempo, 2019.
Filologia e política em Gramsci, com Alvaro Bianchi, HISTRAEB (História, Trabalho e Educação no Brasil), 2020.
Sociedade Civil e luta de classes em Gramsci, com Virgínia Fontes, Grupo de Pesquisa Historia e Poder, 2020.
Por que ler Gramsci hoje?, com Alvaro Bianchi, Daniela Mussi e Ruy Braga, TV Revista CULT, 2018.

“Os escritos gramscianos de 1917“, por Guido Liguori, Blog da Boitempo, jul. 2020.
“Gramsci e a Revolução Russa“, por Alvaro Bianchi e Daniela Mussi, Blog da Boitempo, maio 2017.
“Pequeno glossário gramsciano“, por Alvaro Bianchi e Daniela Mussi, Revista Cult, abril 2021.
“Gramsci, um revolucionário de carne e osso“, por Lorenzo Alfano, Jacobin, jan. 2020.
“Gramsci: Cultura e revolução“, por Guido Liguori, Revista Cult, abril 2017.
“Um sardo no mundo grande e terrível“, por Alvaro Bianchi, Revista Cult, abril 2017.
“Os Cadernos de Gramsci ou Pequena história acerca de como se salva um Livro“, por Lincoln Secco, Blog da Boitempo, ago. 2011.
“Gramsci: O olhar móvel e ingênuo da hegemonia“, por Daniela Mussi, Revista Cult, abril 2017.
A edição de conteúdo deste guia é de Julian Schumacher, com revisão de Isabella Meucci e artes de Uva Costriuba.


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