O marxismo e os motins globais

A próxima edição da Margem Esquerda promete... Quem assinar a revista da Boitempo final da semana vai receber junto edições históricas da publicação, além de liberar um descontos permanentes de 30% em todo o catálogo da editora!

Publicado em 08/06/2020 // 4 comentários

Obra da artista plástica chilena Sandra Vásquez de la Horra, parte do ensaio visual da nova edição da revista da Boitempo.

Em meio a um cenário global marcado pela sobreposição de crises políticas, econômicas e sanitárias, a nova edição da Margem Esquerda se propõe a analisar os impasses e as potencialidades da atual encruzilhada a partir dos motins e insurreições que irrompem no horizonte social conturbado de nosso tempo. Saiba mais sobre a nova edição abaixo.

Promoção de assinatura

Por conta do lançamento, preparamos uma promoção especial para os nossos leitores: quem fizer sua assinatura até o final da semana (14/6) vai receber junto edições históricas da revista. As assinaturas, que já têm desconto em relação ao preço unitário da revista, ainda liberam descontos permanentes de 30% (modalidade bianual) e 15% (modalidade anual) em todo o site da Boitempo (incluindo lançamentos!) durante a vigência da assinatura.

Assinar a Margem é uma forma importante de reforçar o projeto editorial, cultural e político da Boitempo, que vem remando contra a corrente há mais de duas décadas. Hoje, mais do que nunca, seu apoio é fundamental para que continuemos a levar a cabo esse trabalho. Saiba tudo sobre a nova edição da revista e as modalidades disponíveis para assinatura!

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A Margem Esquerda é a revista semestral da Boitempo. Ela traz ensaios de fôlego sobre os principais acontecimentos de nosso tempo e sobre a conjuntura sociopolítica do Brasil e do mundo, além de estudos sobre autores clássicos e contemporâneos do pensamento crítico e entrevistas aprofundadas que traçam trajetória intelectual, política e cultural de figuras de destaque da esquerda de hoje.

A nova edição

Em meio a um cenário global marcado pela sobreposição de crises políticas, econômicas e sanitárias, a Margem Esquerda #34 se propõe a analisar os impasses e as potencialidades da atual encruzilhada a partir dos motins e insurreições que irrompem no horizonte social conturbado de nosso tempo. É esse eixo que articula os ensaios de fôlego de Anselm Jappe, David Harvey, Michael Löwy, Tithi Bhattacharya, Carlos Eduardo Martins, Noam Chomsky, Rejane Carolina Hoeveler, Maria Beatriz Oliveira da Silva e Thomaz Delgado. Coordenados por Luiz Felipe Osório, os textos do dossiê sobre “crise, neoliberalismo e insurreições populares” são costurados por um impactante ensaio visual da artista plástica chilena Sandra Vásquez de la Horra.

O número abre com uma longa entrevista com o filósofo marxista brasileiro João Quartim de Moraes, e conta ainda com documentos preciosos de Jacob Gorender e Celso Furtado, recuperados e apresentados por Luiz Bernardo Pericás e Gilberto Bercovici. Rolf Hecker e Paulo Silveira oferecem, de perspectivas diversas, releituras originais dos textos tardios de Karl Marx. João Alexandre Peschanski investiga a teoria da transformação social na obra de Erik Olin Wright, um ano depois da morte do sociólogo marxista estadunidense, e Maria Arminda do Nascimento Arruda se debruça sobre o a relevância de Florestan Fernandes para atualidade no centenário de nascimento do gigante sociólogo brasileiro.

No rol das homenagens, Ricardo Musse repassa as contribuições de Wanderley Guilherme dos Santos à compreensão dos limites do liberalismo brasileiro, e Marly Vianna se despede de Augusto Buonicore. As resenhas do número são de Marx nas margens, de Kevin B. Anderson, a nova edição de O reformismo e a contrarrevolução: ensaios sobre o Chile, de Ruy Mauro Marini, e Crítica da economia política do direito, de Carlos Rivera-Lugo. Fechando a edição, o poeta e escritor Flávio Wolf de Aguiar traduz e apresenta um poema inédito do nicaraguense Ernesto Cardenal, que nos deixou em março deste ano.

4 comentários em O marxismo e os motins globais

Mauro Moraes rego // 08/06/2020 às 3:40 pm // Responder

Boa tarde! Quanto custa a assinatura…. Mauro Moraes

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- Boitempo // 08/06/2020 às 5:42 pm // Responder
  
  Olá, Mauro. São duas modalidades de assinatura: anual e bianual. A primeira, que corresponde às duas próximas edições, sai de 60 por 54 reais e libera 15% de desconto em todo o site da Boitempo, além de dar direito a uma edição n. 9 de brinde. A segunda, que corresponde às quatro próximas edições, sai de 120 por 102 reais e libera 30% de desconto em todo o catálogo, além de dar direito a duas edições de brinde.
  
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Vilma Viana // 08/06/2020 às 4:01 pm // Responder

Boa tarde,

Hoje tentei fazer a assinatura da Margem a Esquerda, mas meu endereço de e-mail não é reconhecido, aparecendo como e-mail inválido. Há alguma forma de resolver isso? Obrigada,

Vilma Viana

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- Boitempo // 08/06/2020 às 5:39 pm // Responder
  
  Olá, Vilma. Nos escreva em loja@boitempoeditorial.com.br ou ligue diretamente em nossa sede (011 3875 7250) que a Talita te ajudará a concluir sua assinatura!
  
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De que forma a pandemia agravou as já abissais desigualdades sociais no Brasil, na América Latina e no mundo? Como o capital se comporta diante de uma crise sanitária dessa magnitude? É possível afirmar que a brutal expansão da covid-19 tem preferência de classe, gênero, raça e etnia? Nesta obra, o professor de sociologia do trabalho Ricardo Antunes apresenta diversos textos escritos nos últimos anos que conceituam o atual estágio do desenvolvimento capitalista, em especial no que se refere aos novos modos de sujeição do trabalho. Seu foco principal é interpretar de que forma a pandemia e a gestão Jair Bolsonaro vêm determinar um capitalismo já em crise.

Neste livro, o sociólogo português Boaventura de Sousa Santos traz ao leitor uma obra que propõe pensar a sociedade pós-pandemia, sua complexidade, os problemas que a antecedem e possíveis futuros. Como um diagnóstico crítico do presente, Boaventura aponta que as desigualdades e discriminações sociais já tão presentes nas sociedades contemporâneas, se intensificaram ainda mais em um contexto pandêmico. Com atenção especial ao modelo econômico-social, ao papel da ciência e do Estado na proteção dos mais necessitados, o autor traz um profícuo debate para se pensar em alternativas econômicas, políticas, culturais e sociais que apontem para um novo modelo civilizatório de sociedade.

O número 36 da revista Margem Esquerda conta com o dossiê de capa “Capitalismo digital?”, ensaios sobre a uberização, a digitalização e financeirização do capitalismo e as possibilidades de um socialismo digital diante do fim das democracias, além de artigos sobre a conjuntura latino-americana, as eleições brasileiras, a revolta chilena, a literatura de Edyr Augusto e uma introdução à obra de Roswitha Scholz. Além dos ensaios e artigos, a36 tem uma entrevista especial com o ex-presidente uruguaio Pepe Mujica, traduções cuidadosas de Michael Löwy e Flávio Wolf de Aguiar em homenagem aos 150 anos da Comuna de Paris, resenhas, notas de leitura e muito mais.

Em treze ensaios de escrita rápida, afiada e bem-humorada, a obra destrincha diferentes aspectos do surto provocado pelo novo coronavírus: filosóficos, psicanalíticos, políticos, sociais, econômicos, ecológicos e ideológicos. Escrito com seu conhecido estilo irreverente e o gosto do autor por analogias da cultura pop (Tarantino, Hitchcock e H. G. Wells flertam com Marx, Hegel e Lacan nestas páginas), este livro fornece fotogramas concisos e provocativos da crise à medida que ela se alastra e engole todos nós. Para apresentar a ousada tese que atravessa os ensaios que compõem esta obra, Žižek não se furta de travar um debate direto com outros intérpretes contemporâneos da crise causada pela covid-19, como Giorgio Agamben, Byung-Chul Han, Alain Badiou e Bruno Latour, entre outros.

Os textos acompanham a escalada da doença na Itália, desde as primeiras descobertas sobre a covid-19 até o pico da doença no país. O filósofo traça um paralelo entre as medidas de emergência motivadas pela pandemia, especialmente o distanciamento social, e as formas totalitárias de governo, chamando atenção para "a crescente tendência de usar o estado de exceção como paradigma normal de governo". No centro das preocupações de Agamben está "uma sociedade que sacrificou a liberdade pelas assim chamadas 'razões de segurança' e, por isso, está condenada a viver em um perene estado de medo e de insegurança". O posicionamento controverso desse que é um dos grandes críticos da contemporaneidade desperta a incômoda reflexão sobre o que estamos dispostos a renunciar diante do risco da doença.

Em uma conjuntura política marcada por profundas incertezas e muita coisa em jogo, a edição n. 32 da revista da Boitempo se debruça sobre os rumos do Governo Bolsonaro através de um dossiê especial, mais robusto que o comum, que traz análises de fôlego assinadas por Alysson Mascaro, Celso Amorim, Leda Paulani e João Quartim de Moraes. O número, que abre com uma preciosa entrevista com a economista Maria da Conceição Tavares, traz ainda entre seus destaques um artigo do jurista alemão Joaquim Hirsch, que oferece uma refinada leitura marxista sobre a propalada “crise da democracia” que estaríamos vivendo no Brasil e no mundo; e um artigo da socióloga estadunidense Patricia Hill Collins, que parte de uma reflexão de Sueli Carneiro para desenvolver uma análise sobre a relação entre conhecimento e empoderamento no feminismo negro.