Žižek: Dois Panteras Negras

Há tempos esperávamos por um filme como "Pantera Negra", mas "Pantera Negra" não parece ser o filme pelo qual esperávamos... ou será que é?

Por Slavoj Žižek.

* ARTIGO ENVIADO PELO AUTOR DIRETAMENTE PARA SUA COLUNA NO BLOG DA BOITEMPO.
A TRADUÇÃO É DE ARTUR RENZO.

Há tempos esperávamos por um filme como Pantera Negra, mas Pantera Negra não parece ser o filme pelo qual esperávamos… ou será que é?

O primeiro sinal de alerta que indica que estamos em terreno ambíguo é o fato de que o filme foi recebido com entusiasmo praticamente de ponta a ponta no espectro político: dos partidários da emancipação negra que viram nele uma importante afirmação hollywoodiana de representatividade e valores de empoderamento negro, passando por liberais de esquerda mais modestos que simpatizaram com a resolução razoável do enredo (educação e ajuda, ao invés de luta), até chegar a adeptos da nova direita alternativa do “alt-right” que logo reconheceram na afirmação da identidade e modo de vida negros outra versão do slogan “America first” [“Os Estados Unidos em primeiro lugar”] entoado por Trump (aliás, não é à toa que Robert Mugabe, antes de ter perdido o poder, também falou algumas palavras elogiosas a respeito do atual presidente dos EUA). Quando todos os lados se reconhecem no mesmo produto, pode se ter certeza de que o produto em questão está operando como ideologia em seu estado mais puro, isto é, como um recipiente vazio contendo elementos antagônicos.

O próprio ponto de partida da trama se instala em uma ambivalência. Parafraseando a boa a velha Wikipédia, recuperemos a premissa do enredo: muitos séculos atrás, cinco tribos africanas guerreiam disputando um meteorito contendo vibranium. Um guerreiro ingere uma “erva em forma de coração” impregnada pelo metal raro e adquire poderes sobre-humanos, tornando-se o primeiro “pantera negra”. Com isso, ele é capaz de unir todas as tribos (exceto a Jabari), para formar o grande reino de Wakanda. Os wakandianos usam o vibranium para desenvolver tecnologia avançada e isolarem-se do mundo, assumindo uma fachada de nação subdesenvolvida de Terceiro Mundo. Pois bem, a história recente nos ensina que ser abençoado por algum precioso recurso natural é na verdade uma maldição disfarçada – pense na situação atual do Congo de hoje, que se encontra nesse estado precisamente por conta da maneira pela qual o país é alvo de uma exploração implacável visando a incrível riqueza de seus recursos naturais.

À medida que a trama do filme começa a se desenvolver, a narrativa logo se desloca para Oakland, que foi um importante reduto do verdadeiro Partido dos Panteras Negras, o movimento radical de libertação negra surgido no final dos anos 1960 que foi impiedosamente reprimido pelo FBI (integrantes foram brutalmente assassinados etc.). No entanto, seguindo a trilha do quadrinho original da Marvel, o filme – que jamais menciona diretamente os verdadeiros Panteras Negras – em um simples mas nem por isso menos magistral toque de manejo ideológico na prática se apropria do nome original de forma a fazer com que ele reverbere menos a histórica organização militante radical e mais o rei-super-herói de um poderoso reino africano fictício.

À esquerda fotografia conhecida de Huey Newton, um dos fundadores do Partido dos Panteras Negras, assassinado em Oakland em 1989. À direita, o rei T’Challa, protagonista de Pantera Negra (2018), em peça de divulgação do filme.

Mais precisamente, há dois “panteras negras” no filme – o Rei T’Challa e seu primo Erik Killmonger (N’Jadaka) – e cada um deles representa uma visão política diferente. Erik passou sua juventude justamente em Oakland e depois foi agente do comando especial secreto do exército estadunidense – seu universo é o da pobreza, da violência de rua e da brutalidade militar. Já T’Challa foi criado na opulência isolada da corte real de Wakanda. Erik advoga uma solidariedade global militante e defende que Wakanda deveria colocar sua riqueza, seu conhecimento e seu poder à disposição dos oprimidos de todo o mundo para que eles possam derrubar a ordem mundial existente. T’Challa, ao longo do arco narrativo do filme, lentamente passa da uma postura isolacionista tradicional (do tipo “Wakanda em primeiro lugar!”) para um globalismo gradual e pacífico, que operaria no interior das coordenadas da ordem mundial existente e suas instituições, disseminando educação e auxílio tecnológico, e ao mesmo tempo preservando a cultura e o modo de vida singulares de Wakanda.

É por isso que T’Challa é mais um herói indeciso, dividido entre dois caminhos diferentes de ação, do que o habitual super-herói totalmente ativo (diferente de seu oponente, Killimonger, que está sempre pronto para agir e sempre sabe o que fazer). E o fato de que um agente da CIA acaba desempenhando um papel chave na concretização da vitória final de T’Challa será muito revelador… Enquanto muitos críticos elogiaram o papel ativo das mulheres na corte de Wakanda, além da variedade e o estatuto de suas diferentes posições (defesa, sabedoria de idade, ciência e tecnologia…), na economia interna do filme, essa afirmação da feminilidade permanece estritamente subordinada à dominação masculina. Por isso, até mesmo com a abertura de Wakanda para o mundo, tudo que mudaria é que uma dose de sabedoria tradicional trabalhará para conter os excessos do capitalismo selvagem e desenfreado. Com T’Challa conduzindo o leme, os poderosos de hoje podem continuar a dormir em paz…

Um dos sinais de que há algo errado nesse quadro é o estranho papel dos dois personagens brancos: o sul-africano Ulysses Klaue, “do mal”, e o agente da CIA Everett Ross, “do bem”. Klaue não se encaixa muito bem no papel do vilão ao qual é designado – ele é fraco e cômico demais. Já o agente Ross constitui uma figura muito mais enigmática – em certo sentido é ele o sintoma do filme. Trata-se de um agente da CIA (e isso significa que seus superiores, e portanto o governo dos EUA, sabem a verdade sobre Wakanda) que participa dos eventos a uma distância irônica, estranhamente não-envolvido, como se estivesse participando de uma espécie de espetáculo… Por que é que Shuri o escala para pilotar o avião que irá derrubar os aviões portando as armas para os agentes de Killmonger em todo o mundo (o papel comumente reservado para os negros “do bem” nos tradicionais filmes de ficção científica de Armageddon)? Não seria afinal porque ele representa o sistema global existente no universo do filme, representando ao mesmo tempo o “nosso” lugar (a maioria dos telespectadores brancos do filme), como que nos dizendo: “Pode curtir tranquilamente essa fantasia de supremacia negra, nenhum de nós está realmente ameaçado por esse universo alternativo!”

Erik Killmonger (à esquerda) encara seu primo T’Challa (à direita) em fotograma do filme Pantera Negra (2018).

Com isso, sobra Killmonger como o único verdadeiro vilão. Temos então como que um revolucionário pantera negra dos anos 1960 contra o nobre e mítico pantera negra de nosso universo de super-heróis de quadrinhos… O fato de que T’Challa se abre a uma “boa” globalização mas ao mesmo tempo recebe o apoio de sua expressão repressiva, a CIA, revela que não há tensão real entre os dois: o “retorno às raízes” combina perfeitamente com o capitalismo global (que só pode ser verdadeiramente sobrepujado através de um projeto global diferente). Por isso, devemos ter um pé atrás antes de nos deixar fascinar diante do belo espetáculo da capital de Wakanda como cidade moderna alternativa onde a tecnologia está a serviço das necessidades humanas, onde a tradição e a ultramodernidade se fundem perfeitamente.

O que esse belo espetáculo oblitera é o insight que Malcolm X seguiu quando adotou a letra “X” no lugar de seu sobrenome. O gesto de abraçar o “X” como nome de família – recusando assim o “nome de escravo” e assinalando que os traficantes que escravizaram e transportaram africanos de sua terra natal brutalmente os arrancaram de suas famílias, de suas raízes étnicas, de sua cultura e de todo seu mundo da vida –, esse gesto trazia um intuito que não era o de simplesmente mobilizar os negros a lutarem pelo retorno a uma raiz africana primordial, mas precisamente de abraçar a recusa e a abertura proporcionadas pelo “X”: uma nova e desconhecida (ausência de) identidade engendrada pelo próprio processo da escravidão que fez com que as raízes africanas fossem para sempre perdidas. A ideia é que esse “X” que arranca os negros de sua tradição particular fornece uma plataforma singular a partir da qual seria possível redefinir e (reinventar) a si mesmo, de formar livremente uma nova identidade, muito mais universal do que a pretensa falsa universalidade professada pelos brancos. Como se sabe, Malcolm X encontrou essa nova identidade no universalismo do Islã. Nesse sentido, o filme parece passar ao largo dessa preciosa lição de Malcolm X: para atingir uma verdadeira universalidade, um herói deve primeiro passar pela experiência de perder suas raízes.

Visto desse modo, o problema nos aparece em maior evidência, reforçando a insistência de Fredric Jameson do quão difícil é hoje imaginar um mundo verdadeiramente novo, um mundo que não apenas reflita, inverta ou suplemente a ordem mundial vigente. Nesse sentido, fica difícil imaginar o que levou um crítico a escrever que Frantz Fanon, o teórico franco-martiniquense da libertação negra através de rebelião violenta, “teria ficado orgulhoso” se assistisse ao filme.

No entanto, há sinais que perturbam essa leitura simples e mais óbvia de Pantera Negra, sinais que nos estimulam a fazer uma leitura do filme que se assemelha à maneira pela qual Leo Strauss leu as obras de Platão e Spinoza, bem como o clássico Paraíso Perdido, de John Milton. Embora se valesse de termos como “ensinamentos secretos”, Strauss não era nenhum gnóstico dedicado a levar a cabo uma “hermenêutica profunda”, ele não estava à procura de algum suposto Platão esotérico, como quem busca chegar a um saber oculto a ser decodificado a partir do texto público. Ao contrário, tudo está dado e dito, todas as teorias alternativas podem ser claramente apresentadas. Uma leitura straussinana cuidadosa apenas aponta os sinais que indicam que a evidente hierarquia de posições teóricas precisa ser invertida.

Por exemplo: o Livro Primeiro da República de Platão trata do diálogo polêmico entre Sócrates e Trasímaco, que violentamente discorda com o resultado da discussão travada entre Sócrates e Polemarco a respeito da justiça. Trasímaco alega “que a justiça não é outra coisa senão a conveniência do mais forte” e que “a injustiça, quando chega a um certo ponto, é mais potente, mais livre e mais despótica do que a justiça” (344c). Sócrates contra argumenta forçando-o a admitir que há um padrão de justiça para além da lei do mais forte. No entanto, uma leitura atenta deixa evidente qual é a verdadeira posição de Platão: no que diz respeito aos fatos, Trasímaco está correto, a justiça é a conveniência do mais forte – mas essa verdade deve ser mantida em segredo na medida que sua disseminação pública feriria e desmoralizaria a maioria de pessoas comuns cuja sensibilidade moral exige que o direito seja mais forte que o poder. O mesmo ocorre com o Paraíso Perdido, de Milton: embora ele siga as diretrizes oficiais da igreja ao condenar a rebelião de Satanás, as simpatias de Milton estão claramente com o diabo. Vale acrescentar que não importa se essa preferência pelo lado ou agente “do mal” é algo consciente ou não por parte do autor do texto, em ambos os casos, o resultado é o mesmo.

E o mesmo não vale também para o filme Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge (2008), a parte final da trilogia escrita e dirigida por Christopher Nolan? Embora Bane seja o vilão oficial, há indicações de que ele, muito mais do que o próprio Batman, é o autêntico herói do filme, distorcido como seu vilão: ele está pronto para se sacrificar por amor, disposto a arriscar tudo por aquilo que ele entende ser uma injustiça, e esse fato básico é eclipsado pela inclusão de traços superficiais e um tanto ridículos de maldade destrutiva no personagem.

Mas voltemos a Pantera Negra. Quais são os sinais que nos permitem reconhecer na figura de Killmonger o verdadeiro herói do filme? São muitos. Talvez o mais forte esteja na cena de sua morte, em que o gravemente ferido Erik opta por morrer ao invés de ser curado e sobreviver na falsa abundância de Wakanda – o forte impacto ético das últimas palavras de Killmonger imediatamente desmonta a ideia de que ele seria um simples vilão convencional. O que se segue é então um momento extraordinariamente caloroso: pouco antes de morrer, Killmonger senta-se na beira do precipício de uma montanha observando o lindo pôr do sol de Wakanda e seu primo T’Challa, que acaba de derrotá-lo, senta-se ao seu lado. Não há ódio aqui, apenas dois homens bons com visões políticas diferentes compartilhando seus últimos momentos juntos após o desfecho da batalha – uma cena inimaginável em um filme tradicional de ação que geralmente culmina na virulenta destruição do inimigo… Esses momentos finais, por si sós, lançam uma dúvida sobre a leitura mais imediata do filme e nos convidam a uma reflexão muito mais profunda.

Nota: Minha leitura se vale dos artigos “Black Panther as empty container”, de Duane Rouselle (Dingpolitik, 17/02/2018), “Black Panther Is Not the Movie We Deserve”, de Christopher Lebron (Boston Review, 17/02/2018), e de uma troca de e-mails com Todd McGowan.

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Tem livro novo de Angela Davis chegando para o 8 de março! Em A liberdade é uma luta constanteela finalmente fala mais detalhadamente sobre seu envolvimento com o movimento dos Panteras Negras!

Já em pré-venda!

“Esses novos ensaios nos fazem voltar na história até as pessoas fundadoras da luta revolucionária e antirracista, mas também nos levam em direção à possibilidade de uma solidariedade e de uma luta interseccionais permanentes. Angela Davis reúne em suas lúcidas palavras nossa inspiradora história e o futuro mais promissor de liberdade.” – Judith Butler

“Neste livro reencontramos a intelectual Angela Davis que tem mantido especiais diálogos com as ativistas negras brasileiras. Esses ensaios nos trazem novas orientações para pensar a luta contra o racismo, o machismo, o sexismo e outras formas de subjugação existentes em nossa sociedade. E o teor dessa nova obra que acaba de ser publicada insiste veementemente em aspectos que particularmente considero primordiais para o fortalecimento de nossas ações: a compreensão de que nosso comprometimento deve se estender também às outras e novas lutas reivindicatórias de direito à liberdade e à vida (nosso ativismo nos pede uma compreensão, uma visão global sobre a luta afirmativa empreendida por todas as identidades agredidas nos mais diferentes espaços geográficos); e uma outra reflexão, tão necessária à nossa militância atual, em qualquer campo de atuação, de que nossas ações devem ser incorporadas e compreendidas no coletivo.” – Conceição Evaristo

***

Slavoj Žižek nasceu na cidade de Liubliana, Eslovênia, em 1949. É filósofo, psicanalista e um dos principais teóricos contemporâneos. Transita por diversas áreas do conhecimento e, sob influência principalmente de Karl Marx e Jacques Lacan, efetua uma inovadora crítica cultural e política da pós-modernidade. Professor da European Graduate School e do Instituto de Sociologia da Universidade de Liubliana, Žižek preside a Society for Theoretical Psychoanalysis, de Liubliana, e é um dos diretores do centro de humanidades da University of London. Dele, a Boitempo publicou Bem-vindo ao deserto do Real! (2003), Às portas da revolução (escritos de Lenin de 1917) (2005), A visão em paralaxe (2008), Lacrimae rerum (2009), Em defesa das causas perdidas, Primeiro como tragédia, depois como farsa (ambos de 2011), Vivendo no fim dos tempos (2012), O ano em que sonhamos perigosamente (2012), Menos que nada (2013), Violência (2014) e o mais recente O absoluto frágil (2015). Colabora com o Blog da Boitempo esporadicamente.

32 comentários em Žižek: Dois Panteras Negras

  1. T’Challa e Killmongernão são irmãos, são primos.

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  2. Ontem duas pacientes mencionaram Pantera Negra… eu já tava querendo ver… vamos ver ou cinema ou baixado? 😘 Enviado do meu smartphone Samsung Galaxy.

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  3. GABRIEL LUCAS SOUZA ABREU // 27/02/2018 às 8:38 pm // Responder

    Data de aparição do pantera negra nas HQ’s da Marvel : julho de 1966
    Data de fundação do partido dos panteras negras : outubro de 1966
    A marvel não se apropriou do nome do partido.

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    • mas veja bem. o filme foi feito hoje. e obvio que um de seus objetivos e parecer que respeita esses molvimentos redicais

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      • Não é óbvio, não é nem mesmo verdade.
        O personagem Pantera Negra não só nasceu nessa data, ele continuou sendo publicado ano após ano desde então.
        Eu li incontáveis histórias com ele, desde que comecei a ler quadrinhos em 1981. Ano após ano, milhares de histórias.
        Não faria o menor sentido mudar o nome, nem em 1966, nem em 1976, nem em 1986, nem em 1996, nem hoje.

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        • o que quero dizer, e que o filme (nao num sentido literal) tenta parecer respeitoso com esse movimentos radicais, e na realidade e uma afronta. o nome do filme ser “pantera negra” so ilustra isso(por mas que nao seja uma alusao)

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  4. Nunca foi tão fácil torcer pelo vilão como em “Panteras negras”. O cinismo da aristocracia negra de Wakanda é escandaloso. Não podem ajudar a sua articulada e estratégica periferia, que deve assim permanecer para garantir a existência do paraíso na terra. Conforme Zizek já evidencia, aqueles que defendem a socialização da tecnologia avançada a favor da luta dos oprimidos são os vilões do filme. Quando tal socialização acontece, se dá via ONU. Ou seja, ordem dominante mundial. Apenas mais uma assombrosa narrativa que nos ensina a sermos ordeiros, pacíficos e colaborativos: há lugar para todos no capitalismo.

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    • Aída Paiva // 13/05/2018 às 1:39 am // Responder

      Wakanda lembra um pouco a Rússia quando Zizek fala que é um país equilibrado, sem problemas sociais, rico e feliz, mas sem contato com o resto da Terra. É impossível viver na Terra e não depender de ninguém. Na Terra ninguém é rico sozinho.
      O problema de Hollywood é que os filmes e suas histórias são pobres mas cheios de detalhes sem importância. A fala dos personagens é pobre e no lugar dum bom discurso Hollywood prioriza a movimentação de pessoas, automóveis, aviões, e armas. A gente quer até ter uma posição no filme o que é impossível porque não existe conversa pra mostrar o porquê das atitudes e ações. Hollywood quer fazer filmes sobre assuntos onde a conversa deve ser longa.

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  5. Texto excelente e com uma análise muitíssimo interessante. Parabéns ao Zizek.

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  6. Olá pessoas! Bom dia! Preciso confirmar a lista dos signatários do “manifesto Brasil 200”. Vocês podem me enviar a lista completa? Muito obrigada. Cláudia de Oliveira

    Em 27 de fev de 2018 11:50 AM, “Blog da Boitempo” escreveu:

    > Boitempo posted: ” Por Slavoj Žižek. * ARTIGO ENVIADO PELO AUTOR > DIRETAMENTE PARA SUA COLUNA NO BLOG DA BOITEMPO. A TRADUÇÃO É DE ARTUR > RENZO. Há tempos esperávamos por um filme como Pantera Negra, mas Pantera > Negra não parece ser o filme pelo qual esperávamos… ou se” >

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  7. Hoolywood nunca iria fazer um filme contra o establishment, ainda mais com um grau de notoriedade igual o Pantera Negra

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    • Aída Paiva // 13/05/2018 às 1:18 am // Responder

      Hollywood, não tem mais assunto então agora está explorando os negros. Hollywood está mais preocupada em saber qual vai ser seu próximo mercado porque os assuntos estão esgotados.

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  8. O texto original é em inglês?
    Se for, eu gostaria de solicitar o link ou uma cópia para enviar a colegas e amigos que não falam português.

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    • Aída Paiva // 13/05/2018 às 1:27 am // Responder

      Paulo, o Zizek escreve em inglês mas é esloveno. Todo texto do Zizek publicado pela Boitempo é traduzido por Artur Renzo do inglês. Na Eslovênia todo cidadão sabe duas línguas: o esloveno e o inglês.

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  9. O texto parece ótimo, mas a tradução que parece ter sido feita às pressas tira um pouco do seu tom. Claramente, existem erros de digitação e alguns de concordância. Só penso ser uma pena que esse texto não fora publicado em inglês para uma justa comparação. Um texto tão interessante quanto este, poderia ter merecido um trato um pouco mais cuidadoso pelo site da editora.

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    • Aída Paiva // 13/05/2018 às 1:22 am // Responder

      Rodrigo, o Artur Renzo é o tradutor oficial do Zizek e desde que comecei a ler o Zizek é Renzo que traduz. A dificuldade em traduzir Zizek vem do fato de que o Zizek é esloveno e escreve em inglês pra Boitempo.

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      • Sem querer dar continuidade a um tom que parece desnecessariamente polemico, apenas sugeriria de sempre manter o link ao texto original assim, caso a pessoa saiba a lingua, possa ter escolha de ler a versão original. Traduzir requer necessariamente um trabalho de interpretação, podendo fazer sozinhos/as seria preferível.

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        • Eu acho que você nunca leu o Zizek nem em português nem em inglês. Pessoas que não comentam o texto nem leem o texto apenas se exibem geralmente são viciadas em cocaína é o que diz minha experiência. Perdão se eu estiver enganada.

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        • Aída Paiva // 16/09/2018 às 4:20 pm // Responder

          Existe um link pra quem quer ler em ingles mas nao sei o acesso porque gosto de ler a traducao do Henzo.
          A proposito, leio muito mal ingles, gracas a Deus!

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  10. Killmonger de fato é o revolucionário e o pantera Negra o reformista infelizmente o filme distorceu muito, apesar de ser um filme muito bem produzido a mensagem explícita foi de uma superficialidade wakandaniana …

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  11. O verdadeiro Pantera negra era o cara que queria pegar toda a alta tecnologia de Wakanda e partir pra cima dos Estados Unidos e Europa, metendo fogo em todo mundo, como vingança pelo que eles fizeram contra a população afro-descendente no mundo, mostrando que eles são os novos caras que comandam o pedaço!??

    Ou o cara que quer mudar a tradição de seus ancestrais, de manter Wakanda à parte do mundo, e abrir seu país, compartilhar sua tecnologia, e usar seus recursos para amenizar o sofrimento do seu povo ao redor do planeta!??

    Sei não… tem gente que viu outro filme. :/

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  12. Minha filha de 13 anos gostou do filme. Rolou uma identificação. Fui leitor desde os 9 anos do Pantera Negra e Luke Cage nos anos 70 e enquanto leitor eu me sentia imerso na narrativa da HQ daquela época. tínhamos poucos heróis negros com quem podíamos nos identificar. O filme em questão me incomodou por não tragar o espectador para dentro da narrativa. em momentos cruciais as piadas funcionaram como anticlímax e tinham teor duvidoso (a irmã pede para acelerar a cerimonia porque a roupa incomoda!!!!). Na hora em que eles cortam a palavra do agente da CIA pensei que o filme iria se transformar em episódio de “todo mundo odeia o Cris” ou outro enlatado americano. Algumas passagens me lembraram filmes de 007 (mostrando as tecnologia que ele usaria na coréia do sul). Na cena da Coreia do Sul pensei que talvez Tarantino seria uma melhor opção para dirigir este filme nas cenas de ação, escolha da trilha sonora e pelo que fez em “Jackie Brown”. Assim como a bebida retira a força da Pantera Negra do herói principal eu acho que o filme como um todo é friamente calculado para tirar o veneno que possa ter em uma narrativa sobre negros nos EUA. Os personagens são esvaziados de conteúdo a tal ponto que um agente da CIA passa a ser somente um hábil piloto.

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  13. Aída Paiva // 10/04/2018 às 2:07 pm // Responder

    Zizek você ganha quanto para fazer propaganda dos filmes de Hollywood? Você gasta um tempão tentando dar sentido aos filmes pouco trabalhados de Hollywood. A conclusão que chego depois de ler o seu texto é que num filme onde impera a confusão absoluta o Estados Unidos pretende manter sua hegemonia com a ideologia de sempre. Quando vi a Hillary falando no Congresso ou Senado lembrei nitidamente da minha mãe e das confusões que ela faz na minha vida e na vida das minhas irmãs. Pude entender que o filme é dessas confusões que minha mãe faz e que Hillary adotou como uma prática politica.

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  14. Cada perspectiva deste filme é realmente interessante! É importante dizer que toda essa produção expõe fortemente uma cosmovisão, ou seja, uma forma de enxergar o mundo nas diversas áreas da vida; e que todo o roteiro foi projetado para convencer o público da mesma. Vale a pena assistir? Sim! O gráfico do filme é de cair o queixo, as cenas de ação são muito eletrizantes, os rituais simbolizando as tradições tribais africanas nos transportam para uma realidade totalmente diferente da nossa. As atuações dos atores estão sensacionais, eles incorporaram os papéis de forma magistral, mas entre tantas estrelas, há um nome que roubou corações: Michael B. Jordan (Michael do óptimo “ Filme Fahrenheit 451”), na pele de Killmonger, um vilão impossível de odiar, realmente muito cruel sem traços caricatos e exagerados. A forma como a tecnologia foi perfeitamente agregada à cultura africana foi simplesmente incrível. Os efeitos visuais e a agregação do moderno com o antigo foi, sem dúvida, fantástico. Um dos melhores e mais criativos filmes que já li no cinema.

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  15. Fazem 6 anos que não vou ao cinema e estou odiando indústria de cinema dos aliados. Onde estão os filmes de Arte que existiam na década de setenta até noventa. Onde estão os diretores que se recusavam terminantemente fazer filme comercial. A indústria de cinema dos aliados são todas iguais é difícil saber a diferença de um filme norte-americano de um filme francês.

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  16. Gostaria que Zizek escrevesse sobre quanto tempo durará o reinado da direita no mundo. Acho que o PT não ganha as eleições de 2018. Qual é a aposta de Zizek sobre o futuro presidente do Brasil. O que Slavoj Zizek pensa dos nossos candidatos. Um dos candidatos, o Bolsonaro, está copiando Trump e seu comportamento politicamente incorreto.

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    • Aída Paiva // 11/10/2018 às 9:12 pm // Responder

      Para qual leitor brasileiro voce esta indicando o site do texto do Zizek em ingles? Eh dificil encontrar ate doutores que leiam em ingles no Brasil sua indicacao eh mais uma forma de se aparecer. Aviso ao navegante que fazem mais de 4 meses que Zizek nao escreve para o Brasil. Voce brigou com o Henzo e por isso quer tirar o emprego do tradutor? Nao estou compreendendo tanta preocupacao com o texto escrito em ingles porque talvez o original esteja escrito em esloveno.
      Clifford, cuidado com a clivagem peniana!

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      • Obrigado pelo link, Clifford. De pronto, dá para identificar algumas modificações que o tradutor resolveu fazer por conta própria no texto. Nunca entendi o que leva alguém a inserir algo no texto alheio e ainda assim apresentar como uma tradução. A Boitempo deveria tomar cuidado antes de publicar. E o proprio Zizek deveria ser informado que o seu “tradutor oficial” está fazendo.

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    • Aída Paiva // 11/10/2018 às 9:20 pm // Responder

      Entrei pra ler um comentario novo e li novamente a chamada do ZIZEK pro texto e pensei que a gente estava esperando um filme igual ao Pantera Negra mas nao desse jeito. Dai pensei que a ideia do Pantera Negra foi roubada da classe trabalhadora e como o filme nao podia ser feito igual a ideia original inventaram esse Pantera Negra que esta ai. Eu digo isso porque ja dei muitas ideias pra Hollywood e pra Globo mas eles sempre adulteraram ou quebraram minhas ideias para poderem aceitar minhas ideias. Nunca fui paga pelas minhas ideias e sugestoes por isso escrevo que a ideia original do Pantera Negra foi roubada, com certeza.

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  17. Jefferson Gonçalves // 04/12/2018 às 2:33 pm // Responder

    Pode até não gostar dos filmes de superhérois, mas quem já assistiu pode concordar que Black Panther, junto com Capitão América: O soldado Invernal, tem sido os melhores Filmes da Marvel pois os dois filmes tem os melhores viloes como o zemo e killmonger, para quem não gosta de superhérois, mas gosta de filmes de ação é uma boa opção também. Eu recomendo muito assistir e descobrir os easter eggs do comic que tem.

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